Ficou para 2016 uma decisão da Anatel que deve obrigar as operadoras de TV por assinatura via satélite (DTH) a substituírem os decodificadores instalados nas casas dos clientes.
A medida visa superar a dificuldade de transmissão de geradoras locais na grade do DTH, mas implica em custo para as empresas, medida que desagrada a número 2 do mercado, a Sky, e às operadoras de telecom, principais provedoras do serviço DTH no país. A conta, que era de R$ 640 milhões, está agora estimada em R$ 142 milhões.
A proposta atualmente à mesa do Conselho Diretor da agência reguladora determina que as operadoras de DTH só vão precisar substituir uma caixa gratuitamente para cada assinante (pontos extras poderão ser cobrados). Além disso, as empresas não terão que arcar com antenas externas ou cabos – isso caberá aos próprios usuários.
O cronograma dessa substituição também foi ajustado. Pela proposta apresentada pelo conselheiro Igor de Freitas, a troca pela caixinha ‘híbrida’ será feita até 36 meses após o desligamento dos sinais analógicos de televisão – o que varia de 2016 a 2018, mas cujo cronograma também está sujeito a mudanças.
Nas contas do conselheiro, a mudança terá um valor por usuário ativo entre R$ 6,50 e R$ 12. Depois de um pedido de vista inicial, na reunião anterior do Conselho Diretor da Anatel, Rodrigo Zerbone esticou esse prazo para mais 60 dias na sessão realizada nesta quarta-feira, 4/11.