Turner nega que os canais Esporte Interativo serão extintos da TV paga

Turner reafirma a importância da estratégia do Esporte Interativo. (Imagem/Reprodução)
Como noticiamos por aqui, ontem a programadora responsável pelos canais Esporte Interativo se reuniram para decidir o futuro dos canais, que ocorriam o risco de serem extintos. Mas, o presidente da Turner International, Gerhard Zeiler, e o presidente da Turner América Latina, Whit Richardson, negaram que o grupo pretende descontinuar o Esporte Interativo. Ambos falaram ao time local da programadora no Brasil sobre as mudanças na empresa nesta segunda, 20, quando reafirmaram a importância do mercado brasileiro para a Turner – se trata do maior mercado internacional, atrás apenas dos Estados Unidos – e apontaram que o país segue sendo "o mais importante alvo dos investimentos da Turner International". "Quando o Brasil espirra, os outros mercados da América Latina ficam gripados", disse Richardson, de acordo com uma fonte que acompanhou o encontro ouvida por este noticiário.

Aos funcionários locais, os executivos afirmaram que o esporte é estratégico no Brasil e fora. "Nada é mais importante que o esporte ao vivo e em outras plataformas", afirmaram os executivos no encontro, destacando que o Esporte Interativo é "inspiração para outros mercados" onde a Turner atua.

Sobre as mudanças no comando local, sem citar nomes, os presidentes da Turner International e da Turner América Latina afirmaram que buscam lideranças capazes de unir o time em busca de resultados. "Não vamos aceitar menos que isso", alfinetaram.

A expectativa no grupo é que todas as áreas locais passem a se reportar a uma liderança também local: inicialmente a Antonio Barreto, que começa no dia 3 de abril, oficialmente com um título de consultor. Até agora, os líderes de algumas das áreas sempre fizeram um "double report" à direção geral local e ao comando da respectiva área na Turner International ou na Turner América Latina.

Essa estrutura hierárquica estaria também por trás da queda do vice-presidente dos canais de entretenimento da Turner no Brasil, Rogério Gallo, e da diretora de conteúdo do núcleo de canais infantis, Daniela Vieira. Seus superiores na estrutura internacional também deixaram o grupo recentemente.

Como tudo começou?

Respectivamente presidente internacional e presidente da Turner na América Latina, Gerhard Zeiler e Whit Richardson vieram ao Brasil para acalmar os funcionários e negar rumores de que a programadora de TV paga da Time Warner estaria esvaziando suas operações no país e revendo os investimentos em direitos esportivos e nos canais Esporte Interativo.

Os boatos surgiram depois da demissão, na semana passada, de alguns dos principais executivos da Turner no Brasil: o gerente geral, Gustavo Diament, o vice-presidente de canais de entretenimento, Rogério Gallo, e a diretora de conteúdo infantil, Daniella Vieira. Ontem (20), houve mais uma baixa na cúpula local: o vice-presidente de marketing, Richardson Nelson, também foi despedido.

Em reunião ontem de manhã com os colaboradores da Turner no Rio de Janeiro, onde fica a operação do Esporte Interativo, Whit Richardson classificou de "estúpidas" as notícias de que o canal está com seu futuro ameaçado.

Richardson enfatizou que a Turner continuará investindo no Brasil e, principalmente, em esportes. Disse que o país é o principal mercado da Turner depois dos Estados Unidos e que nada vai mudar na estratégia adotada até agora. "Não há nada mais importante para a Turner no Brasil e no mundo do que o esporte", falou.

Desde 2014, a programadora tem atuado agressivamente no mercado esportivo brasileiro. Comprou os canais Esporte Interativo, os direitos da Champions League para TV paga e passou a disputar com a Globo/Sportv o Brasileirão a partir de 2019. Fechou com dois clubes importantes, o Palmeiras e o Santos. Estima-se que a Turner já gastou mais de R$ 1 bilhão com o futebol no Brasil.

Sobre a demissão de Gustavo Diament, Rogério Gallo, Daniella Vieira e Richardson Nelson, Whit Richardson falou que foram cortes isolados, apenas na alta chefia nacional, porque está um novo perfil de liderança.

Ele deixou evidente que havia um conflito da direção internacional com a cúpula da Turner no Brasil ao usar uma referência ao futebol. Disse que a programadora é como um time de futebol que precisa de um técnico agregador, que faça o time jogar, que não queira aparecer mais do que os jogadores.

Nomeado na semana passada consultor estratégico da Turner no Brasil, o especialista em TV por assinatura Antonio Barreto também participou da reunião no Rio. Ele informou que terá a missão de assessorar os líderes internacionais na adoção de novos modelos de negócios no país.

Nesta terça, os mesmos executivos participarão de encontro com os funcionários da Turner em São Paulo.

Anderson Ramos

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