'Tenho muito orgulho das novelas que escrevi', diz Aguinaldo Silva no 'Donos da História' deste domingo

È o convidado do 'Donos da História', no Viva. (Imagem/Divulgação)
Antes de descobrir a vocação como autor, Aguinaldo Silva era jornalista. No episódio de "Donos da História" que o Canal VIVA exibe neste domingo, dia 14 de maio, às 18h30, o convidado recorda momentos marcantes da carreira, comenta obras e personagens icônicos – como "Tieta" (1989), no ar no canal –, e descreve sua história desde a infância, na cidade de Carpina, em Pernambuco.

O estilo de criação de Aguinaldo em suas obras tem duas marcas registradas: as vilãs icônicas e o realismo fantástico. Ao programa, comenta a inspiração para a criação de uma de suas principais antagonistas: Nazaré Tedesco (Renata Sorrah), de "Senhora do Destino" (2004), em exibição no "Vale a Pena Ver de Novo", na Globo. "Quando resolvi criá-la, precisava de uma vilã que fosse poderosa e, ao mesmo tempo, bem humorada, engraçada, para cima. E, claro, que fizesse as maiores sandices! Ela mata três ou quatro pessoas. Preciso me apoiar, me inspirar em alguém. Então, tinha uma figura na vida real na qual me inspirei vagamente, mas no que me inspirei mesmo foi nos desenhos animados do 'Tom & Jerry'. Aquele negócio do gato que faz de tudo para acabar com o rato, mas sempre se dá mal. A Nazaré é um pouco assim, ela faz tudo para destruir a Maria do Carmo (Susana Vieira), já que ama realmente a filha que roubou. Só que ela nunca consegue chegar lá.". O autor ainda destaca o final da personagem como emblemático. "Ela se joga porque percebe que nunca vai ganhar. É o único momento triste dela. O problema é que a gente não sabe se ela morreu ou não... Era uma personagem bem humorada até na morte!", brinca Aguinaldo.

Ao longo da entrevista, o homenageado faz um balanço da carreira e analisa: "Ainda me considero mais jornalista que novelista. Quando eu era repórter, as novelas eram exibidas exatamente no horário que eu estava no jornal. Nunca me passou pela cabeça, nunca foi um projeto de vida meu, escrever novelas. Nem mesmo ir para a televisão. Acho que minhas novelas tinham objetividade que se derivou do jornalismo que pratiquei durante 18 anos. Mas a novela me proporcionou uma visão do mundo muito mais descontraída, muito mais a médio e longo prazo. Quando você escreve uma trama, você está sempre de olho no futuro dela. Tenho muito orgulho das novelas que escrevi. E, se puder fazer mais algumas, com o mesmo empenho, ficarei ainda mais orgulhoso.".

O programa reúne depoimentos de atrizes que fazem parte da carreira do autor: Renata Sorrah, Lilia Cabral e Betty Faria. No ar no VIVA como a protagonista de "Tieta", um dos papeis mais icônicos de sua trajetória profissional, Betty comenta: "A personagem foi um presente que Zélia [Gattai] me deu quando Jorge Amado estava escrevendo o livro. Ela disse que um dia eu poderia viver a Tieta e me indicou. E a adaptação do Aguinaldo foi genial, inesquecível! É uma sorte para uma atriz ter Tieta na vida, chegando aos 50 anos. Já estava com uns 40 e poucos anos, aquilo ali foi uma beleza.".

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