Retorno dos canais Record, SBT, e Rede TV é adiada a TV paga, e negociações empacam novamente

Deu ruim! Os canais abertos vão demorar para voltar para TV paga. (Imagem/Divulgação)
Para os assinantes que já estavam comemorando a possível volta dos canais. Pelo visto, vão ter que esperar mais um pouco. Segundo o jornalista Ricardo Feltrin, estava tudo indo muito bem nas últimas semanas na negociação entre a Simba e as principais operadoras de TV paga do país.


Só que a “maionese” desandou novamente na semana passada e a volta agora já não está garantida. Não tão cedo, pelo menos. A menos que haja um avanço entre as partes ainda nesta semana.

Ainda de acordo com informações apuradas pelo jornalista, vários detalhes técnicos e contratuais empacaram as conversas novamente.

As operadoras querem que a Simba joint venture que representa as três TVs-- assine documento liberando os sinais sem nenhuma cobrança por enquanto, e com um bom prazo para que as negociações continuem.

Prazo de no mínimo um ano, segundo pessoas a par das conversas, ouvidas pela coluna. Mas, até a publicação desta reportagem, a Simba não se comprometeu com isso. Sem documento assinado, sem canais de volta ao line-up.

Já segundo outro jornalista Flavio Ricco, os executivos das operadoras, nem mesmo a drástica redução no valor solicitado pelos canais abertos foi capaz de determinar um final feliz para o drama que se arrasta desde o apagão analógico, em 29 de março.

A recente intervenção de duas entidades que atuam na esfera da defesa do consumidor, Proteste e Inadec, também não surtiu efeito.

Para as operadoras, a impressão que se tem é que esses canais não estão fazendo falta. Vai daí que...

Como se recorda, a Simba até aceitou o argumento da Proteste de que o retorno do sinal dos canais às operadoras seria um benefício aos assinantes desde que lhe fosse permitido continuar negociando com as operadoras pela remuneração do sinal de Record, SBT e Rede TV!.

Mas parece que faltou combinar com as operadoras. O grupo responsável por Net/Claro/Embratel, por exemplo, já declarou que Não Paga.

A Net/Claro, aliás, é bem transparente na questão: "as negociações com a Simba Content estão indo em um ritmo mais lento que o esperado. Nos deparamos com uma série de entraves e divergências, além daquelas de ordem financeira".

VALE LEMBRAR

O impasse já dura quase quatro meses. Mais precisamente, desde 29 de março (em SP), quando por determinação da Simba os sinais foram cortados da OiNet, Claro e Sky.

Desde então as negociações tiveram vários altos e baixos. No momento o embate corporativo enfrenta mais um “baixo” (para a Simba).

Para recapitular: a joint-venture idealizada por Edir Macedo e Silvio Santos exige que as operadoras remunerem seus sinais digitais abertos.

A Simba sentou à mesa de negociações com uma proposta considerada absurda, exigindo quase R$ 3,5 bilhões anuais --conforme informou com exclusividade o site Notícias da TV, parceiro do UOL. 

Depois, chegaram a baixar suas pretensões. Primeiro para R$ 840 milhões; e, mais tarde, para cerca R$ 1,00 por assinante do país (o que renderia quase R$ 18 milhões mensais para a Simba. Nada feito.

As operadoras se negam a pagar somente pelos sinais abertos. No entanto não descartam remuneraá-las caso apresentem propostas de novos canais exclusivamente pagos.

Afinal, Globo e Band recebem pagamentos, mas só porque seus sinais abertos fazem parte de cestas de outros canais exclusivamente pagos. A Globo, por exemplo, por meio da Globosat, oferece dezenas de canais às operadoras.

Só que os três canais da Simba nunca investiram um centavo em TV por assinatura nos últimos 25 anos. Mesmo assim querem receber por seus sinais abertos.

Com a era digital, avle dizer, elas passaram a ter esse direito. Mas as operadoras só se interessam caso haja oferta de novos canais exclusivos para os assinantes de TV.

E, até o momento, nenhum plano de novos canais Simba foi apresentado.

PERDAS E PERDAS

Desde 29 de março, sem serem exibidos para milhões de assinantes de operadoras, Record, SBT e RedeTV! perderam uma grande fatia de público e de audiência.

Trata-se de um público com maior poder aquisitivo, muito importante para o departamento comercial das TVs.

O SBT, por exemplo, até que conseguiu recuperar quase que toda sua audiência no período pré-corte, mas, mesmo assim, seus anunciantes estão perdendo visibilidade e exposição no mercado.

A expectativa da Simba quando determinou o corte dos sinais (é ela quem decidiu) era que a TV paga sofreria um grande baque --uma grande perda de assinantes desgostosos com o corte de seus três sinais.

Só que isso não ocorreu. A TV por assinatura não só não perdeu público como também não sofreu grande perda de assinantes por causa disso. Segundo a Sky, apenas 15 mil assinantes, de um universo de cerca de 5 milhões, cancelaram as assinaturas exclusivamente por causa disso.

As negociações continuarão até que se chegue a um acordo. Ou não.

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