Discovery exibe o especial 'Estado Islâmico: Máquina do Terror'

Especial "Estado Islâmico: Máquina do Terror". (Imagem/Divulgação)
Desde o seu surgimento, o autoproclamado ‘Estado Islâmico’ (EI) colocou em curso uma estratégia midiática. O aparato garante capilaridade para divulgação de filmes com produção elaborada e imagens perturbadoras – são vídeos que percorrem o mundo e propagandeiam as ações criminosas da organização, entre elas o extermínio de reféns.

Os sistemas de comunicação do EI são revelados em ESTADO ISLÂMICO: MÁQUINA DO TERROR (Terror Studios: Inside The ISIS Propaganda), filme de Alexis Marant

que oferece análise em profundidade sobre as engrenagens que a fazem funcionar. A produção estreia com exclusividade no Discovery, na segunda-feira, 25 de setembro, às 23h10.

As histórias de jovens jihadistas, contada por eles próprios, balizam a narrativa do documentário. O filme consegue entrevistas com representantes de ambos os polos: falam aqueles que participaram de filmagens e edição de imagens para o EI e, também, especialistas e oficiais que trabalham para conter o avanço do terrorismo.

A partir dessas falas, ESTADO ISLÂMICO: MÁQUINA DO TERROR decifra os pontos centrais do discurso terrorista, os métodos e estratégias de divulgação adotados e as formas de difusão nas redes sociais. A produção faz ainda um paralelo que demonstra a apropriação de referências da cultura pop ocidental pelo EI – tiradas de filmes, seriados e games, elas paradoxalmente direcionam as escolhas daqueles que definem a estética do terror.

O contrassenso dos códigos culturais ocidentais utilizados para publicidade de atos terroristas executados por jihadistas permeia todo o processo, das estratégias que orientam a promoção do EI a recursos cênicos calculados para assumirem impacto gigantesco tão logo caiam na rede. O aparato midiático tem dois objetivos principais: alastrar o terror e recrutar novos membros.

Entre as fontes do EI está Abou Missab: ele passou a integrar o EI há quatro anos, no treinamento das chamadas forças especiais do EI, um esquadrão de elite preparado para realizar emboscadas e operações suicidas.  

Pieter Van Ostaeyen, pesquisador das redes jihadistas, explica que os filmes divulgados chamam a atenção por serem bem produzidos: “Parecem cenas retiradas de reality shows”. Analisando Although the Disbelievers Dislike it (‘Mesmo que os incrédulos não gostem’, em tradução livre), um dos filmes divulgados pelo EI, Abou e Pieter oferecem suas leituras singulares sobre a produção.

Zyad foi um dos cinegrafistas do EI e conta detalhes sobre as operações de filmagens do vídeo “Flames of War”. Além de três cinegrafistas dedicadas à captação, todos os membros em combate tinham câmeras portáteis. Editores profissionais, estúdios e equipamentos de última geração completam a estrutura.

Charlie Winter, pesquisador com trabalho focado na propaganda jihadista, explica que EI modifica o status quo atribuindo o sentido de supremacia onde antes havia a ideia de resistência. Assim, confrontando as falas de fontes que ocupam lados opostos de um mesmo contexto, o documentário desvenda a rede de comunicação e propaganda da organização terrorista.

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