Brasil cai em ranking mundial de preço de pacote de TV por assinatura

Presidente da ABTA diz que o aumento do numero de assinantes mostra a força no setor no país.
Divulgação/G1
O preço do pacote básico de TV por assinatura no Brasil caiu no último ano, segundo estudo divulgado nesta terça-feira (29) pela ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura).

Segundo levantamento realizado pela Fipe em uma amostra de 49 países, o Brasil ficou na 30ª posição, abaixo da média mundial, com um preço de pacote básico de US$ 22,34.

No levantamento anterior, feito em 2013, o Brasil aparecia com o 27º pacote básico mais caro, a US$ 23,25. No ranking divulgado hoje, o Brasil está atrás de países como como Chile, México, Itália e Alemanha.

No topo da lista dos preços mais caros, com mensalidades acima de US$ 50, estão Dinamarca, Japão e Argentina. Para a ABTA, o resultado mostra que o crescimento do número de assinantes no Brasil não foi fruto, exclusivamente, do aumento de renda da população, mas também dos preços mais baixos.

 • Alta do número de assinantes

Pelos números da Anatel, o setor fechou o mês de maio com 18,8 milhões de assinantes, o que corresponde a cerca de 60 milhões de telespectadores, um aumento de 10,8% sobre maio de 2013.

O presidente-executivo da ABTA, Oscar Vicente Simões de Oliveira, projeta que o Brasil deverá fechar o ano com 20 milhões de assinates.

"Em um contexto em que se fala de um PIB [Produto Interno Bruto] subindo por volta de 1%, um crescimento de dois dígitos mostra a força do setor e é motivo de comemoração", disse.

O faturamento do setor também vem acompanhando o ritmo de alta. No primeiro trimestre, a receita operacional bruta foi de R$ 7,5%, alta de 15,4% em relação a 2013. No ano passado, a TV por assinatura registrou um faturamento total de R$ 27,9 bilhões.

• Publicidade representa só 6% do faturamento

Segundo a ABTA, entre os principais desafios do setor atualmente está atrair um maior número de anunciantes nos canais da TV paga. Atualmente, a receita publicitária representa apenas 6% do faturamento total.

"Em geral, quando se olha mercados mais maduros, a publicidade representa pelo menos 10% da receita total", afirma Oliveira.

A associação destaca, entretanto, que a publicidade na TV por assinatura é o segmento com maior crescimento no ano. De janeiro a abril, a alta nos investimentos foi de 60,5% ao passo que no mercado publicitário em geral o aumento foi de 16,6%.

"Já ultrapassamos o setor de revistas e os aproximamos do faturamento dos jornais", afirmou o presidente da ABTA.

A publicidade na TV por assinatura será um dos temas em debate da Feira e Congresso ABTA 2014, que acontece entre os dias 5 e 7 de agosto, no Transamérica Expo Center, em São Paulo, e reunirá 123 expositores nacionais e internacionais.

O setor também reivindica a regulação dos serviços de distribuição de filmes e vídeos por empresas que operam diretamente pela internet, como a Netflix. As empresas de TV por assinatura defendem que as empresas que operam sob novos formatos de distribuição de conteúdo sejam submetidas às mesmas regras de conteúdo e de carga tributária de forma a garantir uma competição mais justa.

Anderson Ramos

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