O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a aquisição da DirecTV pela AT&T, anunciada em maio. A conclusão da operação depende da aprovação dos órgãos reguladores dos diversos países onde a DirecTV atua, como é o caso do Brasil, onde a companhia norte-americana é dona da Sky. Para a aprovação do Cade, a AT&T teve de se desfazer da participação de 8% que detinha na América Móvil, que no Brasil controla a Claro a Net e a Embratel.
A operadora, entretanto, continuará atuando no país em serviços gerenciados de rede IP, conectividade de dados e serviços de rede de segurança para grandes empresas multinacionais. A atuação inclui consultoria, serviços gerenciados de TI, serviço de transporte de dados, VOIP, áudio conferência, entre outros.
Para o Cade, a operação não resultará em sobreposição ou relação vertical no Brasil. “A operação não alterará o cenário do mercado e não desperta qualquer preocupação concorrencial”, sustenta o órgão em sua análise.
A AT&T comprou o controle da DirecTV em uma transação que envolve 30% do valor em cash e 70% em ações da própria AT&T, tendo sido a DirecTV avaliada em US$ 67 bilhões. O custo da operação para a AT&T será da ordem US$ 48,5 bilhões.