TV por Assinatura quer igualdade para concorrer com Netflix e que ele siga as normas do setor

Presedente ABTA, Oscar Simôes. 
Após anunciar recentemente a marca de 50 milhões de assinantes em todo o mundo e aumentar seus investimentos na América Latina, o Netflix, serviço de conteúdo online on demand, parece ter acendido o sinal amarelo da concorrência. 

Nesta terça-feira (29/7), durante a coletiva da Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA), Oscar Simões, presidente da entidade, falou do crescimento de 4,1% do setor, que alcançou quase 19 milhões de assinantes até maio de 2014, mas admitiu ser uma tendência as pessoas escolherem como e quando querem assistir televisão, daí a popularidade de serviços como o Netflix.

O executivo salientou, no entanto, que deve haver igualdade de condições para que tanto operadoras de TV a cabo quanto empresas de conteúdo on demand possam coexistir no mercado de forma justa. “Esse assunto é complexo. Não reivindicamos privilégios, mas igualdade de condições. Não há como concorrer com empresas que não têm as mesmas obrigações legislativas e tributárias”, destacou. Como exemplo, ele destacou a lei 12.485/2011, que determina que as operadoras dediquem 3h30 minutos de sua programação ao conteúdo nacional, algo que não é exigido para serviços de conteúdo online on demand.

Simões disse ainda que não considera serviços como o Netflix como concorrente, já que o consumidor não escolhe entre uma coisa ou outra, mas ambas. “O Netflix é um serviço complementar, não uma alternativa à TV por assinatura”, completou o executivo, argumentando que além de entretenimento, os canais a cabo também oferecem um cardápio que inclui notícias de qualidade, esportes, entre outros conteúdos exclusivos.

Apesar das vantagens da TV por assinatura e de sua popularidade, sobretudo na classe C, em que o setor obteve crescimento de 10% nos dois últimos anos, é inegável o avanço dos serviços on demand. Tanto é que as operadoras já disponibilizam suas próprias plataformas, como o NET Now e Sky on Demand. “A tendência é que haja a flexibilidade de pacotes de programação. Este será um desafio que as operadoras terão que enfrentar”, disse Simões.

Anderson Ramos

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