Ministra diz que Vale-Cultura será usado para TV por assinatura

A ministra Marta Suplicy cumprimenta o presidente da Anatel, João Rezende, na abertura da ABTA
A ministra da Cultura, Marta Suplicy, disse na abertura oficial da ABTA 2014, nesta terça-feira (5) em São Paulo, que o governo planeja estender o Vale-Cultura para a TV paga. O Vale-Cultura é um benefício de R$ 50 mensais para trabalhadores que ganham até cinco salários mínimos (R$ 3.620).

“Por enquanto não dá, pois era preciso levar [o Vale-Cultura] para outros setores, mas com o tempo vai entrar a TV por assinatura também”, afirmou ela, lembrando que 88% dos gastos do Vale-Cultura hoje são feitos com livros. “As pessoas têm muita demanda para ter os canais por assinatura”, justificou a ministra. Com R$ 50, dá para contratar planos básicos da Claro e Sky, duas das maiores operadoras do país. Já os da Net e Vivo custam mais.

Já o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que é preciso acelerar ainda mais o crescimento da TV por assinatura, mas criticou os altos impostos praticados em todo o setor de comunicações. “A carga tributária é punk”, afirmou em frase de efeito. A alíquota média do ICMS da TV por assinatura é diferenciada, da ordem de 10%.

Para Bernardo, o crescimento da TV paga favoreceu a banda larga e também o mercado audiovisual. “Pelos mais variados motivos, as pessoas querem ter acesso a esse serviço”, afirmou.

Manoel Rangel, presidente da Ancine (Agência Nacional de Cinema), afirmou que a entidade prepara um estudo demonstrativo do valor adicionado do audiovisual no peso da economia do país. De 2007 a 2011, segundo ele, o volume cresceu todos os anos.

“Atingimos em 2011 o percentual de peso de 0,46% de toda a economia”, afirmou. Para comparar, ele citou os percentuais de outros setores: o segmento automobilístico responde por 1,86%; o de TI (tecnologia da informação), 1,2%; da indústria farmacêutica, 0,40%; a fabricação de têxteis corresponde a 0,33%.

“Portanto, tem de se orgulhar do peso deste setor no volume geral da economia”, falou. Nesta conta, Rangel diz que não está incluído o peso especifico de serviços de telecomunicações, apenas a entrega de produtos audiovisuais.

Programação nacional

Ainda sobre o setor, Rangel disse que a Ancine está atenta à programação nacional exibida pelos canais internacionais. Afirmou a jornalistas que a agência deve no futuro olhar para os prestadores de serviços OTT (over the top, de video sob demanda pela internet, como Netflix), para que também obedeçam à legislação das cotas de programas nacionais, que já é aplicada aos canais internacionais e operadoras de TV paga. 

O presidente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), João Rezende, observou que há duas grandes empresas dominando o mercado (ele não citou os nomes, mas as empresas são Net e Sky). E Oscar Simões, presidente da ABTA, fez uma apresentação do setor e dos números de crescimento dos últimos anos.

O Universo da TV

O Universo da TV é o site perfeito para quem quer ficar por dentro das últimas novidades da TV. Aqui, você encontra notícias sobre TV paga, programação de TV, plataformas de streaming e muito mais. É o único site que oferece uma cobertura completa da TV, para que você nunca perca nada. facebook instagram twitter youtube

Postar um comentário

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do O Universo da TV.

Postagem Anterior Próxima Postagem

Formulário de contato