Migração para o HD na TV paga aumenta a demanda por espaço satelital

O setor de satélites não sentiu a retração na base de assinantes da TV por assinatura. Segundo Márcio Brasil, diretor comercial da Intelsat, há uma tendência de upgrade para a alta definição nos canais que ainda trabalham em SD. Mesmo os canais de programadoras independentes já começam a negociar a migração para o HD, sobretudo entre canais com conteúdos com maior apelo na qualidade de imagem, com conteúdos relacionados a esportes, aventura e viagem. "A Euroconsult aponta que hoje 15% dos canais são em alta definição e prevê que 38% terá migrado para o HD até 2024. Na minha opinião, essa é uma previsão muito conservadora", aposta.

Marcio Brasil, diretor comercial da
Inteksat.
(Divulgação)
MAs operadoras também começam a demandar mais espaço. Marcio Brasil conta que empresas de DTH já buscam informações sobre o UHD. "A Olimpíada será o melhor termômetro da tendência. Mas, pela receptividade que vemos no mercado, em 2017 já deve haver demanda", conta.

O executivo aponta ainda que a migração para a TV digital aberta também aumentará a demanda por espaço em satélite. "A tendência é que os canais que hoje estão abertos de forma analógica na banda C migrem para o digital", explica.

Lançamentos

O executivo falou com este noticiário durante o NAB Show, em Las Vegas, onde a empresa apresentou a plataforma EpicNG, que começa a funcionar com o satélite Intelsat 29e, lançado em janeiro deste ano. Segundo Brasil, a grande novidade é que o satélite trabalha com spotbeans, feixes de alta potência que cobrem áreas com maior demanda. Desta forma, o footprint do satélite não é contínuo e consegue concentrar potência em alguma regiões, mantendo a conectividade entre estes feixes. Na prática, significa que as transmissões podem ser feitas com potência menor e antenas de menor diâmetro. Como os spotbeans conversam entre si, é possível fazer uma transmissão de um para o outro, ou do Rio de Janeiro para a Europa ou Estados Unidos, por exemplo.

A expectativa é que a nova plataforma seja usada de forma ampla durante a Olimpíada, no Rio de Janeiro. "A Intelsat é a operadora que tem mais capacidade dedicada ao uso ocasional. E com o Epic, o cliente pode transmitir diretamente para a Europa ou os Estados Unidos, sem ter que passar por outros satélites ou redes", explica.

Por IP

A operadora também apresentou no evento o serviço One Prism, para transmissão por IP. A vantagem é que o cliente pode usar o satélite para fazer a transmissão de vídeo, dados e voz, simultaneamente. Para isso, precisa de um modem desenvolvido em parceria com a Newtec. "Com isso, a emissora não precisa contratar com canal de voz e uma rede de dados à parte. Tudo é feito pelo satélite, de maneira integrada. Se preferir, pode usar o IP apenas para dados e voz e transmitir o vídeo à parte", explica Marcio Brasil.

O serviço é contratado por banda, e não por transponder, e a banda contratada é real, pois não passa pela nuvem. Para quem tem banda disponível em um transponder já contratado, é possível contratar apenas o serviço IP, sem banda adicional. Segundo Brasil, o serviço será testado na Olimpíada e deverá ser comercializado no final do semestre.

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