No teatro: aplausos, vaias, um violão quebrado, guitarras estridentes. No palco: os jovens Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Roberto Carlos, Edu Lobo e Sérgio Ricardo. As músicas: “Roda Viva”, “Ponteio”, “Alegria, Alegria”, “Domingo no Parque”. E só um deles sairia vencedor. Isso é "Uma Noite em 67", documentário de Renato Terra e Ricardo Calil, a grande estreia da semana da programação do Curta!, um convite para viver a final do Festival da Record que mudou os rumos da MPB. A atração estreia na Segunda da Música, dia 18.
Na Terça das Artes, dia 19, vai ao ar “Oscar Niemeyer – A Vida É Um Sopro”, que narra a trajetória do consagrado arquiteto Oscar Niemeyer e mostra como sua vida profissional se cruza com a história do Brasil. No documentário, ele conta de maneira descontraída como criou os principais projetos de sua autoria e cita marcos como a introdução da linha curva. A produção traz ainda imagens inéditas e depoimentos de nomes como José Saramago, Eduardo Galeano, Carlos Heitor Cony, Ferreira Gullar, Eric Hobsbawn, Nelson Pereira dos Santos, Chico Buarque, entre outros.
“Cinema, Aspirinas e Urubus”, de Marcelo Gomes, é a atração da Quarta de Cinema, dia 20. O road movie sobre o encontro de dois homens de mundos completamente distintos se passa no sertão brasileiro em 1942. Na trama, Johann (Peter Ketnath) é um alemão que fugiu da Segunda Guerra Mundial e que vende aspirinas pelo interior do país a bordo de um caminhão. Ele conhece Ranulpho (João Miguel), homem simples do sertão que, ao pegar uma carona com o alemão, se torna seu ajudante. Os dois viajam por diferentes povoados, exibindo promocionais sobre seu produto para pessoas que nunca foram ao cinema e, aos poucos, acabam desenvolvendo uma forte amizade. O filme teve longa carreira em festivais, com participação na seleção oficial da Mostra Un Certain Regard (Um Certo Olhar) do Festival de Cannes 2005; Festival do Rio - "Prêmio Especial do Júri" e o prêmio de "Melhor Ator"; Mostra São Paulo – como o primeiro filme brasileiro a receber o prêmio máximo de "Melhor Filme" na competição.
O “A Vida É Curta!” da semana apresenta obras de realizadores paranaenses. Abrindo a faixa, “Ovos de Dinossauro na Sala de Estar”, de Rafael Urban, conta a história da alemã Ragnhild Borgomanero, de 77 anos, que estudou fotografia digital e fez cursos de edição para eternizar a memória do marido falecido, com quem reuniu a maior coleção particular de fósseis da América Latina. Em seguida, vai ao ar “Haruo Ohara”, de Rodrigo Grota, que traça um retrato do fotógrafo japonês de mesmo nome. Fecha o programa “Meu Medo”, de Murilo Hauser, uma animação que detalha as manifestações do corpo à medida que o medo cresce. Sentidos como visão e audição são despertados e reações como ficar paralisado são muito comuns.
A Sexta da Sociedade, dia 22 de julho, apresenta “Cartas Violadas”, de Maciej J. Drygas. Por meio de imagens de arquivo inéditas e através de cartas pessoais censuradas, o longa revela a essência da sociedade polonesa que viveu a Segunda Guerra Mundial. A produção mostra que, mesmo com a garantia de confidencialidade assegurada pelo Ato Constitucional do país no período, muitas correspondências eram censuradas e causavam a perseguição dos remetentes e destinatários envolvidos.
Na Quinta do Pensamento, dia 21, a série “Impressões do Mundo” chega ao seu segundo episódio: “Antônio Skarmeta - Literatura, Exílio e Cinema”. O documentário acompanha a trajetória do escritor latino-americano Antônio Skarmeta desde a época da militância política no Chile, durante a gestão de Salvador Allende, até o seu exílio na Argentina e na Alemanha. O filme desvenda a formação intelectual, artística e política do autor além de abordar o sucesso de “O Carteiro e o Poeta”, filme indicado a cinco Oscars.
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