TV paga busca crescer através da internet com os serviços TV everywhere ou VOD

Oferecer o serviço onde o assinantes poderá assistir conteúdos por diversos dispositivos é o foco delas. (Imagem/Reprodução)
Depois de perder uma média de mil assinantes por dia entre janeiro de 2016 e janeiro deste ano, a TV paga decidiu adotar a máxima do "se não pode vencer seu inimigo, junte-se a ele". A internet agora é vista como forma de recuperar o público perdido ou conquistar uma audiência mais jovem, que já está totalmente conectada.

"A TV por assinatura está em cerca de 18,5 milhões de domicílios, enquanto a internet banda larga já chega a 30 milhões de lares. Isso sem contar os 260 milhões de aparelhos celulares, 90% com acesso a internet. Como chegar a essas pessoas?", questionou Flávio Pereira, diretor de inteligência de mercado da ESPN, durante o evento Streaming Brasil, realizado nesta segunda-feira (17) em São Paulo.

A resposta para o questionamento de Pereira é simples, segundo estudiosos do setor: levar para os internautas o conteúdo que está na TV paga, com o conceito das multitelas (assistir à programação da televisão não apenas no televisor, mas também nos celular, tablets e outros aparelhos).

"Estamos trabalhando o conceito de TV everywhere [TV em todo lugar] com os nossos programadores. A ideia é entregar mais conteúdo, seja na TV ao vivo ou no video on demand", explicou Alessandro Maluf, diretor de produtos de vídeo da América Móvil, responsável pelas operadoras Net e Claro TV.

Prioridade online

A operadora tem investido nas multitelas com o Now. Além de locação de filmes recém-lançados no cinema, a plataforma também oferece a programação de canais como Telecine, GNT, Gloob, Fox, Discovery Kids e Food Network, entre outros.

Entretanto, mais do que um mero retransmissor do que é exibido na TV, as plataformas online já são encaradas pelas operadoras como uma opção complementar. Não à toa, alguns programas chegam ao Now antes mesmo de seus lançamentos oficiais na televisão: A Vila, aposta do Multishow para o segundo semestre, estrelada por Paulo Gustavo, estreará no site uma semana antes de ir ao ar no canal.

"No início, existia muito receio dos programadores sobre um possível canibalismo do video on demand. Mudou muito esse pensamento do passado, todos entendem que o video on demand é um complemento, que agrega muito valor aos canais da TV por assinatura", disse Maluf. "Já temos exemplos bem-sucedidos de pré-estreia na internet antes da chegada ao canal linear".

A estratégia não é exclusiva da TV paga: a Globo já lançou as séries Brasil a Bordo, Carcereiros e a segunda temporada de A Cara do Pai em seu Globo Play meses antes de as três chegarem à programação tradicional.

Tanto Maluf quanto Pereira são rápidos em ressaltar que, apesar da queda de assinantes, a TV paga tem sido cada vez mais vista. "Em 2016, a audiência por minuto foi de 2.385.250 [de pessoas], contra 2.053.526 no ano anterior. Em 2013, era pouco mais de 1 milhão", listou Pereira.

A aposta no video on demand, então, é uma maneira de agradar ao público que não deseja mais seguir a grade linear das emissoras e prefere assistir ao que quiser, na hora em que puder. "O jeito de ver TV está mudando, nós só queremos acompanhar isso", finalizou Maluf.

O Streaming Brasil é realizado pela Converge Comunicações, responsável pelos sites especializados Tela Viva e Teletime.

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