Mesmo com a TV paga em queda, assinantes preferem pacote com mais canais

Assinantes preferem pacote com mais canais. (Imagem: Reprodução)
A Ancine publicou no OCA (Observatório Brasileiro do Cinema e Audiovisual) um informe sobre o mercado de programação de TV paga. O Assinantes no Mercado de Programação na TV por Assinatura 2018 traz dados do período compreendido entre junho de 2016 e dezembro de 2017. O estudo aponta o aumento do número de canais nos pacotes ao longo deste período. Embora a base de assinantes do serviço de TV tenha caído 4,4% entre o meio de 2016 e o final de 2017, a soma dos assinantes do conjunto de canais cresceu 6,1%, o que sugere um aumento no número médio de canais nos pacotes de programação das operadoras. Enquanto a base caiu de 18,91 milhões para 17,97 milhões de assinantes, a soma dos assinantes de todos os canais de TV paga subiu de 1,25 bilhão para 1,38 bilhão (o assinante é contabilizado uma vez por cada canal em seu pacote de programação). Durante este período, a evolução de canais na TV paga foi de 203 para 214, uma adição líquida de 11 canais.

A grande maioria dos novos canais incluídos nos pacotes foi em alta definição. Dos 14 lançados naquele ano e meio, 12 eram em alta definição. Com isso, o número de canais em HD na TV por assinatura chegou a 100, ou 46,7% do total. Apenas cinco canais eram exclusivos em HD em dezembro de 2017, contra 19 exclusivamente em SD. Os outros 190 canais eram transmitidos nas duas definições.

Pode-se notar ainda um avanço da base para os pacotes com canais em alta definição. Enquanto em junho de 2016 29,3% da base tinha canais em HD, em dezembro de 2017 o percentual era de 37,3%. Apesar da evolução na base HD, os canais premium perderam espaço no pacote médio de programação. Em dezembro de 2017, 76,6% dos canais ofertados eram básicos e contavam com 90,8% das assinaturas. Ou seja, 23,4% dos canais eram considerados premium, contando com 9,2% da base de assinantes. Dezoito meses antes, embora o número de canais premium ainda fosse o mesmo (50), eles representavam 24,6% do total, o que se explica pelo aumento do número de canais básicos. O percentual de assinantes dos canais premium em junho de 2016 era 10,3%. Embora o saldo final dos 18 meses seja negativo para a base de assinantes de canais premium, durante parte deste período (de dezembro de 2016 a junho de 2017), houve uma variação positiva para os canais premium, o que se explica pela sazonalidade dos canais esportivos.

Os pacotes premium, tais como a Rede Telecine e HBO, por exemplo, perderam espaço. O alto preço e a repetição de filmes foram um dos vilões. O mercado de TV paga encontra dificuldade para crescer. O grande “boom” ocorreu no início da década, mas a facilidade de entretenimento online acabou afastando novos consumidores. Os velhos, ou tentam renegociar suas assinaturas, ou cancelam devido ao alto preço. A expectativa é que o quadro siga estável até o final do ano, com pequena retração.

Grupos econômicos

De acordo com o levantamento da Ancine, Globo e Time Warner concentravam, juntas, 56,1% dos canais existentes em dezembro de 2017. O grupo Globo contava com 62 canais, dos quais 31 tinham programação distinta, enquanto a Time Warner contava com 58 canais, sendo 32 de programação distinta. Os grupos eram seguidos por Discovery (20 total e 11 com programação distinta), Fox (17 , sendo 10 com programação distinta), Disney (5 canais, dos quais 4 eram distintos) e Viacom (10 canais, com 5 programações distintas).

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