Caminhos da Reportagem mostra como autoras de cordel conquistaram espaço na literatura

Divulgação TV Brasil
As autoras da literatura de cordel no país quebraram paradigmas para se impor numa produção textual essencialmente masculina. Esse é o mote da edição inédita do Caminhos da Reportagem que a TV Brasil apresenta nesta terça (13), às 22h30.

Apesar do amplo domínio masculino na escrita desse gênero literário tão nacional, as mulheres estão conseguindo sobressair. Essa edição do programa jornalístico mostra como as escritoras ocuparam os espaços que antes só davam voz aos homens.

Para desconstruir esse privilégio, a produção da emissora pública acompanha o trabalho de autoras nordestinas, indígenas e negras que fazem a diferença não só na literatura como também na sociedade. Disponível no aplicativo EBC Play, a reportagem "As Cordelistas" explica como os versos escritos por mulheres estão saindo da gaveta.

A equipe de jornalismo da TV Brasil entrevista as autoras Auritha Tabajara, primeira indígena cordelista, Dalinha Catunda, uma das poucas mulheres na Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC), e a jovem Jarid Arraes, autora das publicações de cordel mais vendidas da Flip 2019.

Até algumas décadas atrás para uma mulher publicar um folheto com rimas e versos de cordel, teria de assinar com um nome masculino. Caso contrário, nenhum leitor levaria a sério um folheto redigido por uma mulher.

Mais de 80 anos se passaram desde a publicação do primeiro folheto escrito por Maria das Neves Baptista Pimentel. Com o sugestivo título "O Violino do Diabo ou o Valor da Honestidade", o título só foi publicado em 1938, na Paraíba, depois de emprestar o nome do marido Altino Alagoano.

Para muitas mulheres, o espaço na literatura de cordel ainda é conquistado na raça e na rima.  O Caminhos da Reportagem mostra o exemplo de autoras que conquistaram seu espaço graças a muito esforço.

Auritha Tabajara, primeira indígena cordelista, obteve respeito e convite para participar de rodas de cordelistas dominadas por autores masculinos. O programa destaca a trajetória de Dalinha Catunda, uma das cinco mulheres a ocupar uma das 40 vagas na Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC), no Rio de Janeiro.

Para deixar claro que elas não fazem rimas à toa, a atração jornalística coleta informações sobre aa Festa Literária Internacional de Paraty, a Flip. Os dois livros de cordel mais vendidos no evento deste ano são de autoria de Jarid Arraes, escritora jovem, negra e nordestina.

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