Cecília descobre que Sebastião foi mandante do atentado a Libério em 'Novo Mundo'

Divulgação Globo/Raquel Cunha
Sebastião Quirino Plácido (Roberto Cordovani) é representante das Cortes Portuguesas e comerciante de escravizados. Associou-se ao oficial inglês Thomas (Gabriel Braga Nunes) e ao general Avilez (Paulo Rocha) para impedir que o Brasil se torne independente e juntos articulam tirar Dom Pedro I (Caio Castro) do trono. 
Além disso, Sebastião trava um desafio diário para manter a filha Cecília (Isabella Dragão) sob suas ordens, mas ela insiste em contrariá-lo e não aceita as atitudes do pai, que a manteve um bom tempo num convento. Nos últimos capítulos da semana, o comerciante foi mandante de um atentado contra Libério (Felipe Silcler), responsável pelo jornal que publicou críticas a seu respeito e o jovem por quem sua filha se apaixonou. 
Cecília soube do ocorrido e ficou muito impressionada com as agressões sofridas pelo amado. Ela acredita que o pai foi o responsável pela violência ao ouvir uma conversa do médico Peter (Caco Ciocler), que ameaça o comerciante caso faça algo contra o jornalista. Já nos próximos capítulos da trama, Cecília confirma sua crença. Em casa, Sebastião fala com Mathias (Renan Monteiro) que Libério não vai descansar, mesmo depois de apanhar, e ressalta que vai arrumar logo um casamento para a filha, sem saber que ela e o jornalista já estão envolvidos.

Novo Mundo’ é escrita por Thereza Falcão e Alessandro Marson, com Duba Elia, João Brandão e Renê Belmonte e tem direção artística de Vinícius Coimbra e direção de André Câmara, João Paulo Jabur, Bruno Safadi, Guto de Arruda Botelho e Pedro Brenelli
  
ENTREVISTA COM ROBERTO CORDOVANI
Como você recebeu a notícia da volta da novela?
Adorei saber, principalmente diante das circunstâncias atuais. Todos em suas casas, confinados. Além de ter sido um grande êxito na faixa das seis, a novela foi um trabalho feito com muito esmero, uma equipe fantástica, embasamento, textos bem solidificados, contando uma parte da história desse Brasil tão turbulento. É importante rever de onde vêm tantas coisas. A influência de outros povos na construção dessa identidade que é o brasileiro.
Qual a importância desse personagem na sua carreira?
Sebastião Quirino é uma personagem que, como Dom Pedro I, existiu. Foi o grande escravagista da época. Foi o homem que deu à família real a Quinta da Boa Vista em troca de não pagar impostos e de poder traficar escravizados. Ele acabou sendo o grande vilão, o grande corrupto. É muito interessante ver de onde vem tanta corrupção. Como toda história, precisa ter o conflito para, a partir daí, fazer uma reflexão.
Qual cena gostaria de rever?
A cena que mais me deu indignação é quando Sebastião leva a escravizada Idalina (Dhu Moraes) para ser chicoteada em praça pública e logo depois põe o filho bastardo Mathias (Renan Monteiro) para ser chicoteado. Foi uma cena dificílima e longa, que envolveu muita gente do elenco. O pessoal da caracterização tinha que fazer as marcas nas costas do ator Renan Monteiro a cada chicotada que eu dava no personagem Mathias. Foi comovente. Nós nos abraçávamos e chorávamos. Eu sou um ator de teatro, mas foi fazendo 'Novo Mundo' que eu perdi a voz de tanto que eu gritava. Foi um papel que abriu chagas no momento da gravação, mas o ator é isso. É um trabalho de entrega.
Qual a cena mais difícil?
Eu passei a novela comendo muito. Eu sempre observei que nas novelas as pessoas que estão à mesa não comem ou perdem a vontade de comer ou discutem na hora da comida. Eu quis mudar um pouco isso. A minha personagem não tinha papas na língua, não tinha nenhuma cordialidade. Então, pra mim, eu tinha feitos muito difíceis e políticos. E fazer isso comendo com as mãos me exigia muita atenção. Eu fazia questão de já começar a comer antes de começar as gravações para o público ver que a mesa já estava utilizada. O pão está partido, migalhas, minha mão já suja de frango. Isso ajudava muito na concepção. Isso se tornar orgânico é muito difícil, mas foi muito bom.
Como está a repercussão da novela? O que tem ouvido?
A repercussão está sendo ótima. A minha família que mora na Europa me ligou falando que a novela também está sendo exibida por lá. Todo mundo adora! Tenho recebido muitas mensagens nas redes sociais. Até hoje eu sou parado na rua porque as pessoas lembram do vilão com um certo carinho. Agradeço o feedback que todos acabam dando ao longo da novela.
Tem alguma característica ou algo que você aprendeu com o personagem que ficou pra sua vida?
O que eu aprendi foi entender o perfil de muitos brasileiros sobre mentira, empurrar as coisas com a barriga, a catequização da corrupção. Ela começou pelos portugueses chegando e explorando o Brasil. Lamentavelmente hoje em dia ainda vemos brasileiros assim. Eu aprendi muito a respeitar as diferenças cada vez mais. É claro que a minha personagem não respeitava, mas fez com que eu, Roberto, respeitasse ainda mais as diversidades, etnias, enfim... tudo. Nós somos antes de tudo seres humanos. É curioso que agora, com a onda do coronavírus, estamos todos iguais. Vamos parar com essas diferenças, achando que A é melhor que B. Também levei comigo a amizade com a atriz Agatha Moreira. Ela é muito querida e já leu diversos espetáculos que escrevi.

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