Elenco do 'Mestre do Sabor' faz um balanço da primeira temporada e fala sobre a expectativa para o programa

Divulgação Globo/Camilla Maia
Quando a chef e empresária carioca Kátia Barbosa foi convidada para ser uma das mestres do primeiro reality show de gastronomia da Globo, o ‘Mestre do Sabor’, ela não acreditou. “Foi algo muito inesperado e levei alguns dias para que a ficha caísse. Só acreditei mesmo que aquilo estava acontecendo quando assinei o contrato. Eu já tinha feito participações em vários programas, inclusive na Globo, mas fazer parte deste projeto do Mestre do Sabor, com esse elenco de peso, me deixou louca de felicidade”, relata Kátia.

O poder da TV aberta somado à paixão que os brasileiros tomaram pela gastronomia nos últimos anos surpreende até mesmo quem está neste caminho há anos, como o chef e apresentador Claude Troisgros, que mistura TV e culinária desde os anos 1990. “Senti claramente um movimento na estreia da primeira temporada. Tenho que agradecer porque meus restaurantes sempre estiveram cheios, mas eu e Batista percebemos o crescimento de um público novo. Pessoas que chegam e nos procuram, fazem questão de demonstrar o carinho que têm pela gente”, comenta o chef, que é apresentador do Mestre do Sabor ao lado do seu amigo Batista.

Kátia também sentiu “na pele” mudanças no seu dia a dia após a estreia do programa. “Sem dúvidas, depois que o programa começou algumas coisas mudaram. Precisei estar mais presente nos salões das minhas casas porque muita gente passou a me procurar, querer me conhecer, tirar foto, elogiar. É um carinho muito bom que recebemos”, diz.

Leo Paixão compartilha do mesmo sentimento. Para ele, a repercissão do programa foi maior do que imaginava. “Foi incrível! Desde então, recebo um carinho enorme do público. Muita gente veio para os restaurantes em Belo Horizonte e aumentou muito nossa procura. Hoje em dia, tem gente que vem para Belo Horizonte só para conhecer meu restaurante”, comenta, impressionado. Mas, de todas as mudanças que viveu após a entrada no reality, a que mais gostou foi poder mostrar mais sua culinária para as pessoas. “Essa valorização da gastronomia brasileira que acontece no programa é algo genial, incrível”.

Para o chef português José Avillez, a repercussão atravessou o oceano. “Hoje, em Portugal, temos tantos brasileiros quanto portugueses nos nossos salões. Sinto que entrei em outras camadas sociais também e pessoas de todo o Brasil agora vão lá, não só de São Paulo e Rio de Janeiro como antes”, celebra. Para Avillez, a fama que chegou com o programa de reality é boa, mas traz consigo uma grande responsabilidade. “Acabo sendo reconhecido na rua quando estou no Brasil. O rapaz na alfândega, no aeroporto, me conheceu, um rapaz na rua, que vendia biscoito de polvilho também. O público nos reconhece e é muito bom esse carinho, mas também nos traz mais responsabilidade, algo que acontece quando viramos pessoas públicas. As pessoas seguem nosso exemplo e nos apontam erros quando fazemos algo errado. Precisamos saber lidar com isso. Pensar, acima de tudo, que nós não mudamos. Somos a mesma pessoa. Isso é importante ter em mente para não nos deixarmos levar por uma falsa sensação de superioridade que pode vir com a fama. As pessoas confiam mais no que eu digo e isso me traz mais responsabilidade”, complementa o chef, que precisou deixar as gravações da segunda temporada no meio do programa, devido à pandemia por COVID-19. Ele passou o bastão para o chef carioca Rafael Costa e Silva, que assumiu seu time, seguindo a competição.

Agora, mais conhecidos e reconhecidos, os chefs retornam à TV para a segunda temporada de ‘Mestre do Sabor’, que estreia no dia 30 de abril, logo após a novela ‘Fina Estampa’. Na nova temporada, apenas 18 chefs serão selecionados para participar da competição, que passa a ter sete fases: Prato de Entrada; Na Pressão; Duelos; Repescagem; Na Peneira; semifinal; e final. A avaliação dos pratos continua sendo às cegas e os participantes ainda têm acesso ao mercado sempre antes das provas. Serão quatro finalistas, um vencedor. O primeiro lugar leva um prêmio de R$250 mil e é nomeado o Mestre do Sabor. O programa será exibido também no GNT, a partir do dia 5 de maio.

Divulgação Globo/Camilla Maia
Nas entrevistas abaixo, os mestres, incluindo o recém-chegado Rafa Costa e Silva, contam sobre novidades deste ano, falam sobre os bastidores e sobre suas expectativas para a competição.

Entrevista José Avillez

Um dos maiores nomes da gastronomia de Portugal, o chef José Avillez tem entre suas marcas a curiosidade, o gosto pelas viagens e a vontade incessante de experimentar e aprender sobre diferentes culturas. Isso tudo sem nunca deixar de lado a tradição culinária de seu país, sua grande fonte de inspiração. 

Avillez formou-se em Comunicação Empresarial, mas, sempre com a gastronomia como objetivo, fez estágio em diversos restaurantes em Portugal e no exterior. Em 2008, assumiu como chef executivo do histórico restaurante Tavares, em Lisboa, onde, no ano seguinte, ganhou sua primeira Estrela Michelin. Em 2011, decidiu abrir seu próprio restaurante. Hoje é responsável por diversos estabelecimentos, em diferentes países. Cada casa tem conceito próprio, mas todas revelam a paixão de Avillez pela cozinha e o charme da gastronomia portuguesa.

A seguir, confira as expectativas do chef para sua primeira estreia de TV no Brasil. 
Conta pra gente por que precisou deixar a segunda temporada durante o programa? 
Essa segunda temporada estava sendo maravilhosa para mim. Temos cozinheiros do mesmo nível da primeira temporada, o que é ótimo. Mas nos últimos dias de gravação tive que transmitir para a Globo e para o meu time que precisaria me ausentar por um tempo. Mas pretendo voltar para a grande final ao vivo. Não sei como estará tudo quando isso for ao ar, mas nesse momento estamos com uma pandemia por causa do COVID-19 e eu tenho muitas pessoas que trabalham comigo em Portugal. Decidi voltar porque acredito que neste momento tenho que estar perto delas. A Globo, muito atenciosa, me deu esse espaço. E fico tranquilo também porque havia um cara para se passar o bastão que é ainda muito melhor do que eu. O chef Rafa Costa e Silva, mestre que gosto e admiro muito, e que tenho certeza que cuidou muito bem de minha equipe.

Como foi essa conversa com o time? 
Eles ficaram um pouco para baixo, até porque eu não dei a notícia completa, então eles não sabiam ainda que o Rafa Costa e Silva seria meu substituto. Mas, por outro lado, tivemos um bom desempenho no início do programa, o que os deixou felizes. Aprendi muito com estes maravilhosos cozinheiros brasileiros, com os ingredientes brasileiros. O Brasil é um lugar onde me sinto em casa. Foi uma decisão muito difícil para mim, mas acho que todo mundo vai compreender. E o Rafa abraça esse projeto com muita vontade. 

Qual sentimento fica de ter que deixar o programa? 
Fiquei muito aliviado quando soube que teríamos o Rafael Costa e Silva para me substituir porque foi uma decisão muito difícil para mim. Passei algumas noites em claro porque queria deixar meu lugar entregue em boas mãos. Só ia voltar para a Europa se encontrássemos a pessoa certa. E apareceu a pessoa certa, não poderia ser melhor. O Rafa Costa e Silva é formado nos EUA, tem experiência na Europa e tem um restaurante de cozinha brasileira contemporânea. 

Você tem alguma dica para o Rafael? 
Posso dizer a ele que a produção é maravilhosa e faz com que a gente se sinta em casa quando respeita nossas vontades e nossas preocupações. É muito bom contar com cozinheiros de todo canto do Brasil. Perceber o carinho e emoção vindo deles. Eu não imponho nada ao meu time, pois são todos cozinheiros profissionais. Tento tirar o melhor de cada um deles, perceber quem anda melhor sozinho para deixá-lo sozinho e quem precisa e quer uma companhia. A qualidade dos pratos é subjetiva, assim como a prova do Claude e do Batista. Tem também a questão do tempo. Eles não estão habituados a cozinhar com tempo. Por isso, minha dica é que você se organize com seu time com um tempo menor, para que não haja atraso ou que algo deixe de ser feito conforme o planejado. O tempo passa voando e é preciso uma disciplina. Mas é um time muito bom, de grandes profissionais. São pessoas que têm respeito um enorme pela culinária brasileira.  

Uma das coisas que eu mais gosto de fazer na vida é cozinhar, esse é um programa de televisão, então é preciso se divertir. Estar para frente. Se divertir, respeitar uns aos outros, puxá-los sempre para cima. Eu não estou para ensinar a cozinhar, mas para dividir a experiência que já vivi.

Como está a expectativa para voltar para a final, ao vivo? 
Espero muito estar presente! Construímos uma relação muito bacana com toda a equipe, produção, mestres, apresentadores e candidatos. Criei esse apego com as pessoas, com os cozinheiros, que são muito corajosos – eu nunca entraria num programa desses para competir – e tudo isso é algo muito afetuoso. Eu gosto bastante deste sentimento de fazer parte do Mestre. Espero que na final o mundo já esteja mais tranquilo para celebrar essa festa da gastronomia brasileira e que eu possa estar com vocês.

Algo mudou na sua vida depois da primeira temporada de Mestre do Sabor? 
Foi uma repercussão enorme. Nós, hoje, em Portugal, temos tantos brasileiros quanto portugueses nos nossos salões. Sinto que entrei em outras camadas sociais também e pessoas de todo o Brasil agora vão lá, não só de São Paulo e Rio de Janeiro como antes. Acabo sendo reconhecido na rua quando estou no Brasil. O rapaz na alfândega, no aeroporto, me conheceu, um rapaz na rua, que vendia biscoito de polvilho também. O público nos reconhece e é muito bom esse carinho, mas também nos traz mais responsabilidade, algo que acontece quando viramos pessoas públicas. As pessoas seguem nosso exemplo e nos apontam erros quando fazemos algo errado. Precisamos saber lidar com isso. Pensar, acima de tudo, que nós não mudamos. Somos a mesma pessoa. Isso é importante ter em mente para não nos deixarmos levar por uma falsa sensação de superioridade que pode vir com a fama. As pessoas confiam mais no que eu digo e isso me traz mais responsabilidade.

Quais critérios leva em consideração para apertar o botão na degustação às cegas? 
Eu me agarro muito ao sabor, à escolha e uso dos ingredientes. São todos profissionais, mas estão expostos na primeira vez a um universo diferente do deles. A maior parte nunca participou de um programa de TV, nem teve 50 minutos apenas para cozinhar. Numa primeira escolha, temos que ter a capacidade de perceber quem sabe fazer melhor do que fez. Depois, temos que pensar em como melhorar. Eu que não sou brasileiro vejo muitos ingredientes e técnicas que não conheço. Por isso, muitas vezes, vejo que escolho pessoas que eu acho que posso aprender com elas. Além disso, eu gosto quando a pessoa pensa em quem vai comer o prato. Independente das técnicas. Alguém que não fez um conjunto de técnicas para ficar bonito, mas pensou que do outro lado tem uma pessoa que vai experimentar. Isso é muito importante, que é quando respeitamos o comensal. Cozinhar para alguém é cuidar de alguém.

Entrevista Kátia Barbosa 

Kátia Barbosa herdou dos pais, paraibanos, o amor pela cozinha. Nascida no Rio de Janeiro, no bairro de Ramos, a chef não teve recursos para fazer os tão sonhados cursos de culinária, mas nem por isso deixou de aprender. “Como não tinha dinheiro para fazer faculdade, eu ia nas livrarias e ficava horas lendo os livros. Aí corria para as panelas e testava o que tinha aprendido”, conta. Além disso, Kátia já tinha uma bagagem preciosa: os sabores que experimentou na infância, e que sempre a guiaram. 

E é justamente essa mistura de referências nordestinas com elementos do Rio de Janeiro que traduzem suas receitas. Conhecida pelo famoso bolinho de feijoada, que está completando dez anos de história, ela já venceu mais de 30 prêmios e hoje é considerada um dos principais nomes da gastronomia brasileira. O sucesso, Kátia garante, deve-se a todos que a ajudaram e a um ingrediente indispensável: a paixão pela comida.

Como foi a experiência de participar do Mestre do Sabor ano passado? Mudou algo na sua rotina de lá pra cá? 
Quando fui convidada para o programa, foi algo muito inesperado e levei alguns dias para que a ficha caísse. Só acreditei mesmo que aquilo estava acontecendo quando assinei o contrato. Eu já tinha feito participações em vários programas, inclusive na Globo, mas fazer parte deste projeto do Mestre do Sabor, com esse elenco de peso, me deixou louca de felicidade. Sem dúvidas, depois que o programa começou algumas coisas mudaram. Precisei estar mais presente nos salões das minhas casas porque muita gente passou a me procurar, querer me conhecer, tirar foto, elogiar. É um carinho muito bom que recebemos.

Você já é muito conhecida entre os cariocas, mas ficou mais conhecida nacionalmente. Você sentiu isso nos restaurantes? 
Sim, mesmo o carioca me conhecia, mas não me abordava para fotos ou coisas do tipo. Eles me viam apenas como uma carioca dona de bar e gente boa. (risos) Hoje a coisa ficou engraçada, até os amigos mais próximos fazem alguma cerimônia, acho muito engraçado e às vezes eu fico meio tímida. Veja só! Eu, tímida. (risos)

Qual a expectativa para o programa deste ano?  
A expectativa para esse ano é grande, as pessoas esperam muito de nós, do nosso desempenho e alegria. Isso é muita responsabilidade!

Você conhece vastamente a gastronomia brasileira. Ainda é pega de surpresa nos pratos que experimenta às cegas? 
Sempre me surpreendendo porque há coisas que você não imagina que alguém faria. Aí vem um louco ou louca e te mandam um prato incrível e inesquecível. Realmente, o brasileiro é muito criativo.

O que faz, por exemplo, você apertar o botão? 
O que me faz apertar o botão sempre é o sabor.

Nós vemos na cozinha um movimento social entre os candidatos. Você vê chef que aproveita 100% do alimento, outra que investe em produção própria de alimentos orgânicos... Na sua opinião, qual a importância desses temas para a gastronomia? 
Acho muito importante a TV abordar esse tema. O aproveitamento integral dos ingredientes é hoje um dos temas mais pesquisados na gastronomia, por vários motivos. Diminuir a quantidade de lixo é uma delas. E tem outras vantagens, como, em alguns casos, talos e cascas têm um valor nutricional grande.

Qual é seu prato favorito de fazer? E de comer? 
Gosto de muitas coisas, mas não vivo sem uma boa massa! Agora, por exemplo, estou muito interessada em aprender a fazer pães e massas.

Como foi para você receber a notícia sobre a saída do Avillez? 
Na verdade, a saída do Avillez foi uma coisa esperada quando vimos a escalada do vírus na Europa. Entendemos que seria difícil para ele, conversamos bastante a respeito, mas foi necessário. Logo que passar, ele estará aí de volta.

Como foi gravar estes últimos dias sem plateia (devido à pandemia)? 
No início, estranhamos um pouco, a plateia é muito participativa. Eles trazem uma alegria a mais, um sabor especial. Mas entendemos e seguimos em frente.

Como foi receber Rafa Costa e Silva na equipe? 
Receber o Rafa? Ele é um amigo queridíssimo meu, tem um jeito bem diferente de mim e do Léo, mas nos divertimos muito juntos. Além disso, é de uma qualidade técnica incrível!

Entrevista Leo Paixão

Nascido em uma família de médicos e cientistas, o mineiro até tentou seguir a tradição, formando-se, inicialmente, em Medicina. Mas o amor pela culinária sempre o acompanhou. Assim que conseguiu, reuniu recursos para investir em sua paixão e foi para Paris estudar gastronomia, onde fez estágios em restaurantes avaliados com três estrelas Michelin – a mais alta premiação da gastronomia mundial. 

Quando voltou ao Brasil, abriu seu primeiro restaurante, em Belo Horizonte, e apostou na culinária francesa, ganhando vários prêmios. Com o tempo, foi alertado de que seu cardápio estava se transformando, já que começaram a fazer parte do menu pratos como frango com quiabo e rabada. “Era comida mineira contemporânea e eu não tinha percebido”, conta Leo. Foi então que o chef resolveu assumir suas raízes e mesclar os truques da alta gastronomia francesa com a tradição da cozinha mineira. “Hoje eu pratico uma gastronomia mais afetiva, faço releituras das receitas da minha família. Ainda tenho o caderno de receitas da minha avó e bisavó, mas meu referencial na cozinha é o meu avô, que me ensinou a cozinhar quando ainda era menino”, revela.

Sempre preocupado em oferecer a melhor experiência possível ao paladar, o chef deixa aflorar seu lado cientista na hora de criar as receitas e pratos elaborados e ricos em sabor – uma de suas marcas no reality culinário. Confira, a seguir, suas expectativas para a estreia de ‘Mestre do Sabor’.

Como foi a experiência de participar do Mestre do Sabor ano passado? Mudou algo na sua rotina de lá pra cá? 
Foi muito legal participar do Mestre do Sabor. Teve uma repercussão incrível. Algo que eu nunca imaginava, um carinho enorme do público. Muita gente veio para os restaurantes em Belo Horizonte, aumentou muito nossa procura.

Você já é muito conhecido entre os mineiros, mas ficou mais conhecido nacionalmente. Você sentiu isso nos restaurantes? 
Senti, sim! Muita gente vem de fora, recebemos um carinho incrível. Hoje em dia, tem gente que vem para Belo Horizonte só para conhecer meu restaurante. Eu fiquei muito feliz mesmo de poder mostrar um pouco mais da minha culinária para as pessoas. E também por essa valorização da gastronomia brasileira que acontece no programa. É algo genial, incrível.

Qual a expectativa para o programa deste ano?  
Eu tenho grandes expectativas para essa temporada. Sinto que estamos mais soltos. Tiveram algumas mudanças e a competição está muito interessante! O programa está bem mais consolidado e a tendência é ficar cada vez melhor.

Com tantas provas, ainda se surpreende? 
Sempre a gente se surpreende, principalmente pela criatividade e qualidade do que os competidores fazem. Eles realmente são incríveis. O nosso Brasil tem gente muito criativa.

O que faz, por exemplo, você apertar o botão? 
É o sabor. A comida saborosa, bem feita, gostosa, na qual a pessoa conseguiu desenvolver um gosto especial. É claro que a pessoa que mostra domínio da técnica também tem minha atenção, mas o que me faz realmente apertar o botão é o sabor.

Qual é seu prato favorito de fazer? E de comer? 
Frango com quiabo, é o que eu mais gosto. Sou alucinado.

Como foi para você receber a notícia sobre a saída do Avillez? 
A saída do Avillez foi inevitável diante do que estava acontecendo na Europa (devido à pandemia por coronavirus) e muito triste. Ele é um grande amigo, um mestre, uma pessoa com quem eu aprendi muito, por quem eu tenho um carinho enorme. E espero que ele esteja de volta nas próximas gravações porque ele faz muita falta.

E como foi receber a notícia sobre a chegada do Rafa Costa e Silva? 
A chegada do Rafa Costa e Silva foi um alento para a tristeza que sentimos com a saída do Avillez. O Rafa é um grande chef que eu admiro. Então, a presença dele foi um fator muito importante pra gente continuar as gravações e manter a qualidade do que estávamos fazendo antes. O Rafa é incrível, sou um grande fã.

Como está sendo gravar sem plateia nos últimos dias? 
É triste gravar sem plateia. Mas está dando tudo certo, está ficando bom. Espero que na próxima temporada a gente já os tenha conosco pra interagir bastante porque realmente eles são uns queridos. 

Entrevista Rafael Costa e Silva

Rafa Costa e Silva é detentor de inúmeros prêmios de gastronomia mundo afora - incluindo uma estrela no Guia Michelin depois de figurar entre os 50 melhores restaurantes do mundo com o Lasai. O chef carioca iniciou suas atividades gastronômicas em Nova York, onde estudou e trabalhou antes de passar dez anos na Espanha, em San Sebastián.

Ele foi convidado para substituir o chef português José Avillez, que precisou voltar à Europa durante as gravações devido à pandemia. Rafa entra na metade da competição, em um programa emocionante no qual Avillez passa o bastão para ele. Confira suas expectativas na entrevista a seguir.

Como foi para você receber o convite para substituir Avillez durante a competição? 
Foi uma honra, mas também foi algo desafiador porque o Avillez é um ícone da gastronomia mundial. Eu mesmo, quando fui ao seu restaurante, cinco anos atrás, tive uma mudança de chave. Foi muito bom, lembro de todos os pratos que experimentei, são inesquecíveis.

Ele deixou algumas dicas para você? 
Sim. Conversamos sobre o fato de todos serem ali cozinheiros profissionais e, portanto, chefs com experiência. Nosso trabalho é tentar dar uma direção a eles durante as provas, observar e entender quem atua melhor quando está sozinho e quem atua melhor em grupo, com alguém do lado. Também falamos sobre como é subjetivo a qualidade dos pratos e a prova do Claude e do Batista. Mas a dica mais importante foi sobre o tempo, como usá-lo em seu favor durante as provas.   
   
Chegou a traçar alguma estratégia? 
Penso que em uma competição como esta, a melhor estratégia é não ter estratégia. Porque você não vai lembrar qual era o plano na hora que estiver cozinhando. O que eu sempre repito nos meus restaurantes, e repeti também para o time, é que precisamos ter uma visão panorâmica de tudo que estamos fazendo. Para isso, é preciso dar um passo para trás e colocar tudo em perspectiva. E experimentar, provar os pratos, sempre.

Expectativa? 
Ganhar. 

Mestre do Sabor’ é um formato original Globo, com direção artística de LP Simonetti e direção geral de Aida Silva. A segunda temporada do reality gastronômico estreia na Globo no dia 30 de abril, logo após ‘Fina Estampa’. O programa também será exibido no GNT semanalmente, com estreia no dia 5 de maio, às 22h.

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