Edu Coimbra recorda trajetória nos gramados nesta quarta na TV Brasil

Divulgação TV Brasil
Irmão mais velho do craque Zico, o ex-jogador e ex-técnico de futebol Edu Coimbra bate um papo com o jornalista Sergio du Bocage na série de entrevistas "Os Setentões", quadro da edição especial do programa No Mundo da Bola que a TV Brasil mostra nesta quarta (6), às 19h30.

Considerado o melhor jogador de uma família de craques, Edu é o maior artilheiro da história do América, clube do Rio, em uma época em que o Mequinha era visto como uma grande equipe do futebol carioca, nos anos 1960 e 1970.

O convidado apareceu para o esporte após Antunes e antecedeu Zico, o irmão mais novo que acabou sendo o mais famoso por brilhar no Flamengo. Edu foi levado pelos primos e irmãos para participar das "peladas" nas ruas de Quintino, bairro onde começou a brilhar com a família. Eles formaram um timaço.

Edu Coimbra lembra de quando ia ao Maracanã com o pai para assistir a jogos. Na memória, ainda está o primeiro dia em que saiu do elevador, no sexto andar do estádio, e viu do alto o gramado, "aquele tapetaço", em suas próprias palavras.

A exemplo dos irmãos, Edu sonhou em marcar um gol naquele campo. Ele conta que estreou no Maracanã balançando as redes em uma partida pelo time de aspirantes do América. O jogo terminou com a vitória de 2 x 0 sobre o Vasco.

Edu lembra de como chegou ao clube rubro, levado pelo amigo Puruca. Ele entrou para o Guinness Book, ao participar de quatro divisões do futebol brasileiro em apenas 15 dias. Também fala sobre outra realização: ele se tornou o melhor jogador sul-americano em 1969, deixando para trás craques como Pelé, Tostão e Rivellino.

Maior artilheiro daquela temporada, Edu Coimbra não foi convocado para a seleção brasileira para a disputa da Copa de 1970. Ele reconhece que estar apenas na lista dos 40 e não ter ido ao México foi a grande desilusão da carreira.

Para Edu, o fato de não jogar no Botafogo, clube carioca que formava a base do ataque da equipe canarinho, ajudou a ele não ser convocado. O astro lembra que os técnicos João Saldanha e Zagallo eram ligados ao alvinegro.

Na entrevista para a TV Brasil, ele comenta os 15 anos de carreira como jogador profissional, entre 1966 e 1981, e a trajetória como técnico no país e no exterior até a aposentadoria definitiva no futebol no início dos anos 2000.

Admiração por Zico

Com sensibilidade, Edu fala sobre a emoção de ver Zico jogar. Apesar de Pelé ser fora de comparação, ele diz que o irmão desempenhava algumas funções melhor do que o Rei. O convidado cita os muitos gols que o Galinho fez na carreira, mesmo atuando como meia, e não um atacante de ofício.

Edu acredita que Zico jogaria ainda mais no futebol atual, principalmente pela presença de muitas câmeras em torno do campo, o que contribui para o cuidado a mais com a segurança dos jogadores. Zico apanhava muito em campo nos anos 1970 e 1980.

Para o convidado, o futebol contemporâneo já não é tão bom quanto antes e critica o atual uso do árbitro de vídeo. Edu destaque que em sua visão no futebol atual, se corre mais do que se pensa, ao contrário do que acontecia no passado.

O bom humor é marca registrada de Edu Coimbra. Essa característica fica evidente quando o craque provoca ao afirmar que ao lado dos irmãos Zico, Nando e Antunes, ele diz que formou a família com mais gols "no mundo", superando qualquer outra conhecida no futebol.

A ida para o Flamengo é outro momento de descontração na conversa. Ao chegar à Gávea, foi alertado pelo técnico que disputaria posição com "um garoto", no caso Zico, irmão dele. Ele lembra que só jogava quando o irmão era convocado para a seleção. Edu agradece a passagem pelo América e confessa: "Sou Flamengo, mas meu sangue é todo rubro".

Trajetória como técnico

Edu comenta o início de carreira como treinador, após pendurar as chuteiras, e revela que descobriu, na Funabem, no relacionamento com os jovens daquela fundação, que tinha habilidade de comunicação e de convencimento para ser técnico de futebol.

Ainda assim, ele lamenta, que, apesar de se sentir no auge do conhecimento, não encontra espaço para trabalhar. Edu acredita que há preconceito e reclama da falta de espaço para os mais experientes. Na conversa, recorda a oportunidade de ter trabalhado como técnico da seleção como reconhecimento ao trabalho ofensivo que desempenhava nos clubes que dirigia.

Durante a entrevista para Sergio du Bocage, o craque destaca ainda sua passagem pelo exterior e assinala a experiência como treinador no Japão. Além do país asiático, Edu Coimbra ainda participou de comissões técnicas em países como Turquia, Grécia, Rússia e Iraque.

A série especial "Os Setentões" recebeu personalidades do futebol como Carlos Alberto Parreira, Evaristo de Macedo, Antonio Lopes, Joel Santana, Gérson, Zé Mário, Antônio Mello, Valdir Espinosa e Washington Rodrigues.

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