Andréia Horta e Lázaro Ramos conversam sobre cinema brasileiro em live do Canal Brasil

Reprodução
À meia-noite dessa quinta-feira, 02/07, estreou no Canal Brasil a nova temporada de “O País do Cinema”, programa apresentado por Andréia Horta que discute a produção cinematográfica brasileira. Para esquentar o terreno, um pouco antes, Andréia participou de uma live, conduzida por Lázaro Ramos, que também é apresentador do canal, no Instagram do Canal Brasil (@canalbrasil). Além de falarem sobre as novidades e curiosidades da nova leva de episódios da atração, a dupla falou muito sobre cinema brasileiro.

Lázaro Ramos: Pra fazer o programa, você assiste os filmes com outro olhar?

Andréia Horta: Sim, sem dúvida. Quando eu vou ver um filme, e eu acho isso bom até, porque eu conheço várias pessoas que já perderam a ilusão, sabe? Que já tem o olhar tão treinado, por tanto fazer, que sempre que vai ver um filme, não entra nele. Eu, rapaz, eu choro, eu tenho crise de riso. Eu não reparo nada! Mentira, é claro que eu reparo, mas eu fico na história, sabe? Agora, quando eu vou assistir pra fazer o programa não. Aí eu estou olhando o roteiro, eu estou prestando atenção nos diálogos, estou pensando em estrutura, estou olhando a luz, estou olhando a direção de arte. É totalmente diferente! Abriu tanto, pra mim, a minha visão, a minha capacidade de louvar uma obra pronta. É o trabalho de tanta gente, é tão bonito o quanto o cinema é coletivo.

LR: E é falar de cinema nacional, né? Que muitas vezes a gente passa por cima e a gente tem tantos profissionais, tanta coisa a se falar sobre fazer cinema no Brasil.

AH: Poxa, Lázaro. E estávamos, até um ano e meio atrás, com uma produção muito fértil. Tem muita gente fazendo. É muito emocionante mesmo pra mim apresentar esse programa. Eu fico falando “é uma alegria, é uma alegria” porque eu converso com pessoas que estão fazendo o seu primeiro longa, e converso com pessoas que fazem cinema há 30 anos. Então tem o frescor dos dois olhares. Porque mesmo quem faz cinema há 30 anos, eu acho muito difícil que não siga apaixonado. É pré-requisito você ser apaixonado!

Ao falar dos filmes brasileiros que mais a marcaram, Andréia cita Carandiru, de Hector Babenco, filme do qual Lázaro faz parte do elenco.

AH: Você fez teste pro Carandiru?

LR: Eu fiz muito teste. E foi muito específico esse ano do Carandiru porque eu fazia muito teste e eu perdia em todos. Nos três últimos anos, antes de Carandiru, era um tal de perder testa. Até que nesse ano, acho que era 2000, eu passei em todos. Foi uma loucura, foi o que mudou a minha vida. Eu fiz teste pra sete filmes e passei nos sete estes. Eu estava aqui no Rio em uma época que os diretores estavam criando personagens que se adequavam muito a mim, a Wagner [Moura]. E foi quando a gente começou a fazer cinema mesmo. Nesse ano eu passei para “Cidade de Deus”, “Uma Onda no Ar”, “O Home do Ano”,” O Homem que Copiava”, “Madame Satã” e “As Três Marias”. “Uma Onda no Ar” eu não fiz. E uma coisa que pouca gente sabe: quem fazia “Madame Satã” era Seu Jorge, e eu estava ensaiando pra “Cidade de Deus”. Até que os produtores se falaram e a gente trocou!

A live pode ser assistida, na íntegra, no IGTV do Canal Brasil (@canalbrasil).

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