Seu próximo shipp começa aqui: 'Shippados' estreia na Globo no dia 12 de janeiro

Divulgação Globo/Paulo Belote

Às vezes o amor precisa lutar – ou encontrar caminhos – para sobreviver à avalanche de incertezas do mundo digital. Na era das redes sociais, ao mesmo tempo em que as possibilidades se ampliam, a continuidade dos relacionamentos nem sempre se dá na mesma proporção. Que o digam Rita (Tatá Werneck) e Enzo (Eduardo Sterblitch), em 'Shippados', série que estreia na TV Globo a partir do dia 12 de janeiro, às segundas, terças, quintas e sextas. Último trabalho escrito por Alexandre Machado com a saudosa Fernanda Young, a comédia romântica - original Globoplay e lançada em 2019 pela plataforma - tem direção artística de Patricia Pedrosa e conta a história dos dois jovens que, depois de muitos encontros frustrados mediados por aplicativos, finalmente se conhecem e percebem que têm muito em comum. Inclusive o azar no amor.
 
Com uma análise sarcástica das tentativas de se achar o par perfeito através de algoritmos da internet, ‘Shippados’ mostra, através do humor de identificação, como o amor pode surgir de alguns desencontros, em situações inesperadas e na simplicidade do dia a dia. Em 2019, quando o projeto foi lançado no Globoplay, Fernanda Young conceituou a série como uma história de amor. “É sobre o amor no seu sentido puro e eterno, e que há muito existe. São pessoas que se encontram e se “shippam”, tanto os casais, quanto o grupo. As amizades partem disso. É a história dessa sobrevivência das relações humanas sem o distanciamento da comunicação virtual”. Fernanda falou também, na época, sobre o humor como ferramenta de identificação:  “Acho que todo mundo vai se identificar de alguma forma, ou identificar algum amigo nesses personagens. Tentamos ser muito verdadeiros na composição dos tipos. Queremos que o público consiga rir de si mesmo. E a identificação é uma coisa muito generosa, seja escutando uma música, seja no drama, ou no humor. E no humor a gente pode rir de si mesmo, se identificar e, muitas vezes, até fazer autorreflexões de mudanças através da gargalhada. Acho que o público vai ter muita identificação com os personagens”. 
 
Você shippa?
 
Unidos pelas frustrações amorosas causadas pelos encontros marcados por aplicativos, Rita e Enzo decidem experimentar um romance mais à moda tradicional. De personalidade introspectiva e com dificuldades para se relacionar, Enzo precisa lidar com a complicada missão de dividir o apartamento com Valdir (Luis Lobianco) e sua namorada Brita (Clarice Falcão), dois adeptos do naturismo, sem nenhuma noção de limites.  Além de Valdir, ele é amigo de Hélio (Rafael Queiroga), novo colega de trabalho, que acaba sendo apresentado à também nova colega de Rita, Suzete (Júlia Rabello) – ela divide com Rita o balcão de informações do supermercado onde ambas trabalham.
 
Mas, o que é necessário para se apaixonar nos dias de hoje? Segundo a lista de Rita (Tatá Werneck), o primeiro passo é olhar nos olhos um do outro. Nas circunstâncias mais distintas e pelos motivos mais bizarros, cada um dos três casais de ‘Shippados’ tem seu momento match – fora do aplicativo de encontro – e começa sua própria história de amor. Ao longo da trama, Rita e Enzo; Brita e Valdir; Suzete e Hélio vão aprender como um relacionamento pode resistir ao ritmo acelerado da atualidade, enquanto colaboram para resolver seus bugs individuais e interpessoais.
 
#Rizo
Rita (Tatá Werneck) e Enzo (Eduardo Sterblitch) já estão traumatizados com suas trajetórias amorosas, familiares e profissionais fracassadas. Mentes um tanto quanto perturbadas por inúmeras frustrações afetivas. É justamente em mais uma das tentativas desastrosas de encontrar o par perfeito que eles se cruzam e percebem que talvez seja possível viver um romance sem a mediação de aplicativos.
 
Os dois se conhecem num bar depois de serem abandonados pelos crushes da noite. Eles se esbarram, mas, num primeiro momento, seguem normalmente a vida. Não satisfeitos com o último “toco”, resolvem tentar novamente no dia seguinte, e, para variar, tudo acaba em desastre: de um lado, Enzo tomando tequila, dando cantadas vergonhosas; do outro, Rita virando o prato de comida no cara do rapaz com quem está saindo. Ao retomarem a dignidade, acabam, por acaso, se cruzando na rua e descobrem que têm um aspecto em comum: a insatisfação com as ciladas criadas pelo aplicativo de encontro. A coincidência acaba os unindo com o intuito de processar o serviço.
 
Rita e Enzo compartilham suas experiências mais bizarras em encontros, e ficam tentados a ganhar dinheiro com uma ação judicial contra o aplicativo, que os causou tanto transtorno, mas são desmotivados por um advogado. A sugestão do profissional, no entanto, os faz refletir: eles deveriam experimentar ficar juntos. A partir daí, Enzo e Rita começam a avaliar a possibilidade de se relacionar. Longe das redes sociais, os dois vão se conhecendo e descobrindo suas particularidades, numa singela e cômica convivência em que romance, bizarrices e “bugs” da vida real se misturam na mesma proporção.
 
Para Tatá Werneck, ‘Shippados’ conta a história de duas pessoas que querem muito ser amadas, apesar das desilusões pelas quais já passaram. “A Rita tenta, através de aplicativos de relacionamento, encontrar o homem ideal, alguém que a ame e que ela consiga amar. Só que ela tem vários critérios e, num desses encontros fracassados, encontra o Enzo. Eles se esbarram nessa dor, nessa angústia, nessa solidão. A relação deles é de verdade, não é uma relação protegida onde você conhece primeiro as maravilhas de alguém e depois os defeitos. Eles já começam pelos erros, pelos defeitos”, explica a atriz. Para ela, tanto sua personagem, Rita, quanto Enzo, vivido por Sterblitch, são anti-heróis. “Isso é o mais legal deles. São pessoas comuns com suas loucuras. E é essa loucura que os aproxima e eles se apaixonam. São um casal fofo, que certamente poderia existir”, acredita Tatá.
 
Eduardo Sterblitch concorda com a amiga e parceira de cena e sentencia: foi o destino que deu match em Rita e Enzo. “Eles foram se encontrar com outras pessoas e por uma obra do destino acabaram se encontrando e descobrindo que usavam o mesmo aplicativo. A partir disso descobrem que têm coisas em comum. A relação dos dois acontece de forma muito natural. Por isso ele se sente, na minha opinião, apaixonado por ela muito rapidamente. E é muito legal quando a gente vê pessoas juntas se dando bem, numa relação legal, diferente, que inspira, em que um ajuda o outro, em que não é preciso fazer esforço nenhum para se dar bem”. Edu também cita a identificação que ‘Shippados’ pode despertar no público. “Todo mundo tem o seu lado inadequado. Os personagens da série, todos eles, se comunicam com todo tipo de pessoa: as que já passaram por isso, as que ainda vão passar e as que têm um maluco dentro de si. São personagens muito diferentes, mas muito genuínos, muito de verdade”, afirma o ator. 
 
#Bridir
Tabu para muitos, o naturismo é o estilo de vida que Brita (Clarice Falcão) e Valdir (Luis Lobianco) escolheram seguir. O casal, que se conheceu numa praia de nudismo, leva a vida de maneira livre e desapegada. É nessa vibe que a dupla compartilha um apartamento com Enzo (Eduardo Sterblitch). Porém, Enzo, um cara mais introspectivo e metódico, fica para lá de incomodado com a falta de limites dos dois, que andam pela casa pelados sempre que podem. A intimidade exposta do casal é o motivo da conturbada relação mantida sob o mesmo teto. Para eles, a nudez é uma opção consciente, visto que as roupas “agridem a natureza”, em sua visão.
 
Sobre sua personagem, Clarice diz: “A Brita é uma pessoa muito livre, que está no processo de desgarrar dessas convenções sociais que a gente tem. Isso se demonstra principalmente pelo fato dela não usar roupa, dela praticar o naturismo", fala. Para Lobianco, contracenar com a amiga foi uma alegria. “Foi maravilhoso fazer par com a Clarice Falcão, que já conheço há muito tempo, somos muito amigos. Foi muito bom nos reencontrarmos de forma tão intensa. Todos do elenco somos muito amigos e interpretamos personagens que são únicos. Valdir é naturista, acredita que roupas são imposições, amarras. Ele e Brita formam um casal muito simbiótico, completamente apaixonados. Mesmo sendo um casal completamente caótico, estão sempre em harmonia. Eles têm uma lógica própria de entendimento da vida e da relação com a sociedade”, conta o ator. 
 
Com seu jeitinho expansivo, Valdir é dado a demonstrações públicas de afeto, que constrangem qualquer um que estiver por perto, exceto a própria namorada. Brita, com sua personalidade carente, corresponde ao excesso de carinho do amado na mesma medida. Enzo e Rita (Tatá Werneck), no entanto, preferem ficar longe de toda essa ternura. 
 
#Suzelio
Suzete (Júlia Rabello) e Hélio (Rafael Queiroga) são aquele típico casal “shippado” por outro casal de amigos. A partir de Rita (Tatá Werneck)  e Enzo (Eduardo Sterblitch), os dois se conhecem e rapidamente engatam um relacionamento. Isso porque Suzete foi parar no balcão de informações em que Rita trabalha, depois de ter sido transferida de uma das filiais do supermercado por ter se envolvido com seu antigo chefe. No mesmo dia, Enzo conhece Hélio na empresa pela qual foi contratado. No primeiro dia de trabalho de Enzo, Hélio é o único a ajudá-lo com a adaptação ao novo emprego, mas, em troca, pede que ele o apresente a uma amiga de sua crush.
 
“O Hélio é aquele carioca tirador de onda, cheio de marra. Ele entra nessa história quando leva esse jeito dele, marrento, pra cima do novo companheiro de trabalho, que demonstra ser uma pessoa mais frágil. Enzo está no primeiro dia de trabalho, e Hélio dá um apoio mas, ao mesmo tempo, quer ver se o novo amigo tem alguém para lhe apresentar", adianta Queiroga. A amizade de Suzete, interpretada por Júlia Rabello, e Rita, também não começa de forma muito amistosa. “Suzete é amiga da Rita, mas é uma amizade um pouco torta. Elas se conhecem no supermercado e, através da Rita, conhece o Hélio e se apaixona”. Mas, ao mesmo tempo em que se diz livre, destemida e ousada, Suzete se mostra uma mulher romântica à procura de um namorado que a ame de verdade. E Hélio, por mais que seja um mulherengo, no fundo, também quer uma companhia com a qual possa compartilhar bons momentos. 
 
‘Shippados’ é uma obra de Alexandre Machado e Fernanda Young e tem direção artística e geral de Patricia Pedrosa e direção de Renata Porto d’Ave e Ricardo Spencer.

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