Criatividade e intensidade eram duas das marcas que mais diferenciavam Paulo Gustavo. Essa definição é do apresentador Luciano Huck, um dos amigos mais próximos do ator, em entrevista a José Luiz Datena na Rádio Bandeirantes. ''Paulo era um cara que tinha pressa na vida, uma cabeça muito intensa. Era cheio de ideias, planos, coisas a fazer. Intensidade no trabalho, na família, nos amigos''.
No dia em que o país lamenta a morte de mais um grande talento levado pela pandemia, Jair Bolsonaro voltou a afirmar que pode editar um decreto contra restrições. Para Luciano Huck, a ameaça do presidente da República é uma “bravata”.
''Eu acho que é bravata. Não tenho a menor dúvida de que a proteção da economia ou dos empregos não é botar as pessoas na rua circulando e se infectando. Primeiramente, era você ter planejado a vacina. Nos países que conseguiram implementar programas de vacinação organizados a população tá praticamente imune. A vida tá voltando. E a gente não. A gente tá atolado e empacado porque foi muito incompetente na gestão dessa crise sanitária''.
Apontado como possível nome de centro para a disputar a presidência da República, o apresentador acha que política não pode se misturar com paixão. Luciano Huck fez uma comparação com o futebol e o time de coração para explicar como entende que deveria ser essa relação.
''Meu Corinthians foi para a 2ª divisão e eu continuava corintiano. A relação que a gente tem da paixão pelo futebol não pode se conectar com a política. Política não é pra ter uma relação apaixonada. A política tem que ser uma relação de cliente e fornecedor. Alguém tá te oferecendo um serviço que pode melhorar a sua vida e se não der certo você troca o fornecedor. A gente precisa ter uma relação com a política não de morrer e matar, mas sim do que é melhor pra todos. Não é o que tá acontecendo''.
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