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O mundo em 1988 era bem diferente. O acesso aos jogos do futebol europeu não era tão fácil. Muitas vezes, no Brasil, apenas os gols dos principais campeonatos chegavam nas noites de domingo, no ‘Fantástico’. A hoje sexagenária Eurocopa já era exuberante, capaz de parar não só o Velho Continente, mas o planeta. Naquele ano foi disputada na Alemanha Ocidental, pois ainda havia um muro a dividir o país. A União Soviética, uma potência esportiva, vivia seus últimos anos. E entre alemães e soviéticos infiltrou-se uma seleção com uniforme bem chamativo, repleta de craques, conhecida como a Laranja Mecânica. Uma equipe que fez história, liderada pelo trio formado por Frank Rijkaard, Ruud Gullit e Van Basten. Jogadores geniais, comandados pelo mesmo técnico Rinus Michels que em 1974 foi capaz de impactar o futebol na Copa, também realizada na Alemanha Ocidental, com o Carrossel Holandês, vice-campeão mundial. É a história desta equipe a escolhida para abrir a série especial sobre a Eurocopa no 'Esporte Espetacular' deste domingo, aquecendo a preparação para o torneio que terá início no próximo dia 11 de junho, com transmissão exclusiva no Brasil do SporTV, da TV Globo e do ge.globo.
Os jogos de futebol no vídeo-game no fim da década de 1980 até já existiam, com resoluções bem mais simples que as atuais. Mas naquela época os olhos da criançada brilhavam por outra brincadeira, o jogo de botão. Era através dele que a garotada trazia os craques europeus para dentro de suas casas. Um destes meninos era Marcelo Courrege, repórter desta série especial. Se hoje Gullit é um dos entrevistados deste material especial, em 1988 ele foi um dos responsáveis por seduzir o então garoto de seis anos à magia do esporte. “Esta é uma equipe extremamente importante para minha formação como amante do futebol. Meu time de botão tinha vários jogadores desta Holanda de 1988: Van Breukelen, Koeman, Wouters, Rijkaard, Gullit e Van Basten. Eu acompanhei muito essa equipe. Lembro bem da final contra a União Soviética, e da semifinal contra a Alemanha Ocidental”, conta Marcelo Courrege, que atualmente é correspondente da Globo em Londres, onde visitou uma loja de blusas históricas do futebol e se reencontrou com aquela camisa laranja da Holanda de 88.
“A maior surpresa ao fazer este material foi a forma como estes jogadores se referem ao técnico Rinus Michels. Era um cara conhecido por ser muito linha dura, mas, depois das entrevistas, a impressão é que os jogadores é que deixavam o treinador doido. O Gullit fala que até trabalhar com Michels foi muito impactado por essas informações de que ele era um disciplinador. Depois, começou a perceber que era também um técnico muito compreensivo e que dava liberdade aos jogadores. Para se ter uma ideia, eles assistiram a um show entre a semifinal e a final e o técnico foi junto. Depois disso, venceram com um gol fantástico do Van Basten, para mim um dos mais bonitos da história do futebol. Este conteúdo produzido ajudará a relembrar capítulos incríveis da história de 60 anos da Eurocopa”, avisa o repórter. Nos próximos domingos Courrege irá lembrar outros times lendários que conquistaram a Euro, como a França de Platini e Zidade, em 1984 e 2000, respectivamente; e a Espanha, bicampeã em 2008 e 2012.
Ainda no Esporte Espetacular deste domingo, Eric Faria traz a história do baiano Ícaro Caldas, de apenas 20 anos, um analista de futebol autodidata. Já escreveu para livros sobre táticas, treinou um time de várzea em Salvador e com suas análises nas redes sociais chamou a atenção do volante Fernandinho, do Manchester City, da Inglaterra, e do auxiliar-técnico da seleção brasileira, Matheus Bachi. Na reportagem, os dois conversam por vídeo sobre a equipe do técnico Tite, que também é pai de Matheus.
O 'Esporte Espetacular' deste domingo começa logo depois do ‘Auto Esporte’.
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