Krenak: a história de uma etnia e de um rio, contada pelos indígenas

Divulgação Curta!

Krenak significa “cabeça na terra”. E é sobre o pertencimento à terra — e ao que nasce e jorra dela — que trata o documentário ''Krenak'', de Rogério Corrêa, que chega ao Curta!. O filme, que tem realização do Itaú Cultural, mostra a experiência coletiva do povo Borum, como se autodenominam os Krenak, que também são conhecidos como Botocudos, apelido jocoso dado pelos portugueses devido ao costume de usar botoques nas orelhas e na boca.

A existência dos Krenak está profundamente ligada à luta pela vida, após constantes massacres que a etnia vem enfrentando desde a chegada dos colonizadores. Hoje, estão concentrados em Minas Gerais, às margens do Rio Doce. Assim como o rio, foram terrivelmente afetados pela depredação ambiental e o avanço dos empreendimentos que exploram o curso fluvial, sobretudo pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana. A vida do povo Krenak mudou radicalmente após a tragédia. “Nesse dia que desceu água, e eles [os indígenas] viram os peixes descendo mortos, todo mundo chorou”, conta Manelão Pankararu, que vive no território Krenak.

No filme, é chegada a vez dos Krenak contarem sua história, disputando, enfim, a narrativa canônica vigente, contada pelos brancos. Uma história carregada de dor, tristeza e desrespeito aos direitos humanos, mas também de resistência e amor pela terra e pelo rio.  Além dessa viagem através dos acontecimentos, o espectador entra em uma jornada pelo território Krenak — ambas conduzidas por Douglas Krenak, jornalista e liderança indígena. “Hoje, a gente vê terra para gado, para café (...). Mas antigamente, isso aqui era tudo mata, Mata Atlântica mesmo”, conta o indígena, diante de uma parte do território já devastado.

Além do depoimento de Douglas, outros indígenas Krenak de diversas idades falam do que viram e ouviram; entre eles, a autora e ativista Shirley Krenak. O documentário também se baseia em um rico material de arquivo, com imagens e vídeos, e traz depoimentos de historiadores e especialistas, como a antropóloga Vanessa Caldeira e a psicanalista Maria Rita Kehl. A exibição é na Sexta da Sociedade, 21 de janeiro, às 22h40.

Jorge Volpi e Carlos Fuentes são tema de novo episódio de
'O Lobo do Lobo e a Literatura Latino-americana'

Em episódio inédito, a série “O Lobo do Lobo e a Literatura Latino-americana”, uma exclusividade do canal Curta!, traz o escritor mexicano Jorge Volpi como protagonista. Ele, que não tem o costume de escrever sobre seus compatriotas, rompe com as tradições do realismo mágico em sua escrita, sem negar a grande admiração que sente pelo escritor Carlos Fuentes, um expoente do gênero. 

Fuentes, seguramente, é seu grande modelo e influência como escritor. Além desse encontro literário entre gerações, Volpi também fala sobre sua teoria acerca do papel da arte e da ficção no processo de adaptação evolutiva da espécie humana. A estreia do episódio é na Quinta do Pensamento, 20 de janeiro, às 21h30.

Segunda da Música (MPB, Jazz, Soul, R&B) – 17/01

22h15 – “Os Quatro Paralamas” (Documentário)

Dirigido por Roberto Berliner e Paschoal Samora, “Os Quatro Paralamas” leva o espectador a uma imersão na história dos Paralamas do Sucesso. Berliner, que acompanha a banda desde o início no Circo Voador, em 1983, resgatou imagens históricas para este documentário sobre música e amizade. Ele mostra a relação dos três músicos que sobem ao palco (Herbert, Bi e João) e de um quarto elemento, que aparece pouco na mídia, mas tem papel fundamental: José Fortes, o empresário. Em um papo na sala da casa de Bi Ribeiro, os quatro lembram a carreira, falam sobre sua amizade inabalável e tocam músicas que fazem parte dessa trajetória de quase 40 anos. Diretores: Roberto Berliner e Paschoal Samora. Duração: 90 min. Classificação: 12 anos. Horários alternativos:  18 de janeiro, terça-feira, às 02h15 e 16h15; 19 de janeiro, quarta-feira, às 10h15; 22 de janeiro, sábado, às 15h15. 

Terça das Artes (Visuais, Cênicas, Arquitetura e Design) – 18/01

22h15 – "Bernardes” (documentário)

Com narrativa não linear, o filme aborda de forma contundente e clara a polêmica vida profissional e familiar do arquiteto, urbanista, designer, escritor, poeta e inventor Sergio Bernardes. Um homem de personalidade afiada e corajosamente inventiva, questionadora e extremamente bem-humorada. Diretores: Gustavo Gama Rodrigues e Paulo de Barros. Duração: 85 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 19 de janeiro, quarta-feira, às 2h15 e às 16h15; 20 de janeiro, quinta-feira, às 10h15; 23 de janeiro, domingo, às 14h25.

Quarta de Cinema (Filmes e Documentários de Metacinema) – 19/01

22h10 – “Cinema Novo” (Documentário)

Um ensaio poético, um olhar aprofundado e um retrato íntimo sobre o Cinema Novo, movimento que colocou o Brasil no mapa cinematográfico mundial, lançou grandes diretores (como Glauber Rocha, Nelson Pereira dos Santos e Cacá Diegues) e criou uma estética única, essencial e visceral. Diretor: Eryk Rocha. Duração: 93 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 20 de janeiro, quinta-feira, às 02h10 e 16h10; 21 de janeiro, sexta-feira, às 10h10; 22 de janeiro, sábado, às 22h15.

Quinta do Pensamento (Literatura, Filosofia, Psicologia, Antropologia) – 20/01

21h30 – “O Lobo do Lobo e a Literatura Latino-Americana” (Série) – Ep. “Jorge Volpi”

Jorge Volpi, escritor mexicano que se faz famoso por não escrever sobre mexicanos. Essa era a máxima das críticas que recebeu em seu país com a publicação de “Em Busca de Klingsor” (1999), romance que o conduziu ao reconhecimento internacional. Pertencente à geração crack, Volpi rompe com as tradições do realismo mágico, sem negar toda a admiração que tem pelos autores do boom. Carlos Fuentes, seguramente, é seu grande modelo e influência como escritor. Em 2018, seu livro “Una Novela Criminal” ganha o prêmio Alfaguara de Romance. Jorge Volpi narra suas lembranças e experiências com a maestria com que escreve. Sua teoria acerca do papel da arte da ficção no processo de adaptação evolutiva da espécie humana explica literalmente por que somos uma raça de tantas incertezas, depressão e ansiedade. Diretor: Daniel Augusto. Duração: 52 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 21 de janeiro, sexta-feira, às 01h30 e às 15h30; 22 de janeiro, sábado, às 20h15; 23 de janeiro, domingo, às 11h.

Sexta da Sociedade (História Política, Sociologia e Meio Ambiente) – 21/01

22h40 – “Krenak” (Documentário)

A história do povo indígena Krenak de Resplendor, Minas Gerais, desde a declaração da "guerra justa" pelo rei português D. João VI em 1808, até o desastre ambiental no Rio Doce causado pela ruptura da barragem de minérios em Mariana em 2015. Diretor: Rogério Corrêa. Duração: 74min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 22 de janeiro, sábado, às 2h45 e às 13h45; 23 de janeiro, domingo, às 20h45; 24 de janeiro, segunda-feira, às 16h40.

Sábado – 22/01

18h– “Os Ímpares” (Série) - Ep.: “Marku Ribas - Teresa Cristina e BNegão”

No episódio a cantora Teresa Cristina relê Tira Teima do álbum “Underground”, de Marku Ribas. Bnegão reinterpreta “Zamba Ben”. Cesare Benvenuti, diretor artístico do disco, vai ao estúdio e conta sobre Marku e todo o processo de gravação do trabalho. Diretor: Henrique Alqualo e Isis Mello Duração: 27 min. Classificação: Livre. 

Domingo – 23/01 - Maratona “Grandes Mitos Gregos”

09h – Episódio: “Orfeu - O Amor Impossível”

Tendo recebido os cuidados das musas desde o nascimento, o talento de Orfeu encantava a natureza, tanto as árvores quanto os animais. Mas aquilo que poetas e artistas mais se lembram sobre o mito de Orfeu é sua história de amor com Eurídice, morta por uma cobra. Orfeu foi atrás da amada e, graças à sua lira, conseguiu convencer os senhores do mundo dos mortos, Hades e Perséfone, a devolverem sua esposa. Direção: François Busnel. Duração: 26min. Classificação: Livre. 

09h30 – Episódio: “Teseu”

Teseu matou o Minotauro graças à sua coragem - mas também graças a Ariadne, filha do rei Minos, que o ajudou a sair do labirinto seguindo um fio de lã. Mas a grande coragem de Teseu não o impediu de ser omisso com seus deveres. Motivado pela vitória, ele cometeu erros irreversíveis que o levaram à tragédia. Direção: François Busnel. Duração: 26min. Classificação: Livre. 

10h – Episódio: “Prometeu - A Revolta do Olimpo”

Prometeu e seu irmão Epimeteu eram filhos do titã Jápeto. Jápeto lutou contra Zeus na Titanomaquia. Prometeu - que significa premeditação - foi o co-criador, ao lado de Epimeteu, da raça humana. Direção: François Busnel. Duração: 26min. Classificação: Livre. 

O Universo da TV

O Universo da TV é o site perfeito para quem quer ficar por dentro das últimas novidades da TV. Aqui, você encontra notícias sobre TV paga, programação de TV, plataformas de streaming e muito mais. É o único site que oferece uma cobertura completa da TV, para que você nunca perca nada. facebook instagram twitter youtube

Postar um comentário

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do O Universo da TV.

Postagem Anterior Próxima Postagem

Formulário de contato