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O CNN Soft Business deste domingo, dia 17 de abril (23h15), explica porque as empresas brasileiras querem aumentar seus investimentos em filantropia. Phelipe Siani e Fernando Nakagawa analisam com entrevistados a importância para os negócios das ações sociais.
O programa apresenta dados do relatório Benchmarking do Investimento Social Corporativo (BISC), para indicar uma tendência: 42% das empresas brasileiras pretendem aumentar os valores investidos em responsabilidade social entre este ano e 2023.
Em 2020, as doações do setor privado para combater a Covid-19 bateram recorde e a soma do valor das 10 empresas que mais doaram foi de R$ 5,3 bilhões, de acordo com ranking divulgado pelo Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS). A CEO do IDIS, Paula Fabiani, destaca a importância desse tipo de ação não só para quem recebe, mas também para os negócios. “Existem vários estudos acadêmicos e de mercado mostrando que investimentos corporativos em ações sociais trazem valor reputacional para as empresas, o que melhora a relação das marcas com os consumidores”, afirma a executiva. Segundo ela, outro valor percebido é a retenção de talentos. “As novas gerações estão muito preocupadas com o propósito do lugar em que trabalham”, justifica.
Além das doações diretas das empresas e por meio das leis de incentivos fiscais, com descontos no imposto de renda, a filantropia também é feita por bilionários, como mostra a entrevista com Elie Horn, fundador da construtora Cyrela. Ele é o único brasileiro a aderir ao programa Giving Pledge, criado por Bill Gates e Warren Buffett para incentivar os donos de grandes fortunas a fazerem doações em vida para causas sociais de pelo menos metade do patrimônio. “Eu acho que é uma obrigação, uma necessidade fundamental, dar significado à vida. E isso só é possível se você fizer o bem. Se não, a vida fica sem conteúdo, é muito triste. Tem que ser muito ‘não-inteligente’ para não fazer filantropia”, afirma o empresário, com patrimônio de R$ 3,25 bilhões, segundo a Revista Forbes Brasil.
O empresário Abílio Diniz, que doou R$ 50 milhões na pandemia, mantém a tradição da família de doar, por meio do Instituto Península. A conselheira da instituição, Geyze Diniz, explica que o movimento começou com poucos empresários. “A partir do momento em que a gente começou a colocar nosso dinheiro, indo para as nossas redes sociais, a gente começou a trazer muita gente que acreditou no projeto. Até hoje, entregamos 900 mil cestas básicas no Estado de São Paulo”, diz Geyze.
O CNN Soft Business mostra, também, que a responsabilidade social é uma preocupação na Bolsa de Valores. Segundo o sócio-fundador da Fama Investimentos, Fabio Alperowitch, o investidor tenta entender se a empresa é responsável e sustentável. “As empresas que estão enquadradas nesse modelo têm mais atenção e valem mais na Bolsa”, afirma Alperowitch.
O ''CNN Soft Business'' vai ao ar domingo, às 23h15.
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