'Profissão Repórter' mostra as consequências da pesca ilegal e as tentativas para preservar os peixes nas águas brasileiras

Divulgação Globo

O assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, em junho deste ano, é o ponto de partida do episódio do 'Profissão Repórter' desta terça-feira, dia 11. A equipe do programa esteve em três estados para registrar os processos de pesca. No Amazonas a pratica ilegal resultou na diminuição dos peixes em vários rios. O biólogo indigenista Felipe Rossoni,  responsável pela Operação Amazônia Nativa (OPAN), é direto no diagnóstico: “A pesca ilegal, ou desordenada, não cumpre os cuidados com o recurso. A tendência é de que os estoques de peixes declinem ao ponto que chegou o Pirarucu, considerado extinto em alguns locais da Amazônia”. 
 
Um dos peixes mais cobiçados, o Pirarucu chega a medir três metros e pode pesar até 200 quilos. Além de impactos ambientais, a pesca ilegal desta espécie afeta a segurança alimentar das comunidades indígenas e ribeirinhas que sempre se alimentaram dos peixes. No estado do Amazonas existem algumas determinações para que esta pratica não seja considerada ilegal: precisa ser realizada dentro do sistema de manejo, que estabelece uma cota para a captura, garantindo a reprodução da espécie e, consequentemente, uma pesca sustentável. Os repórteres André Neves Sampaio e Chico Bahia viram de perto este processo. Eles foram até o Vale do Rio Juruá, no Sudoeste do estado, que fica a cerca de 300 quilômetros do Vale do Rio Javari, onde Dom Phillips e Bruno Pereira foram assassinados justamente por denunciar a atividade de pesca ilegal na região. Ao contrário do Javari, o Rio Juruá é visto como um exemplo da pesca sustentável. Para chegar até lá, os repórteres pegaram um voo de Manaus até a cidade de Carauari. De lá, subiram o Rio Juruá por 3 dias até a comunidade ribeirinha São Raimundo, onde foi realizado o manejo, que ocorre apenas durante dois meses por ano. As comunidades se revezam para pescar o peixe e, por isso, os moradores precisam estar preparados para conseguir pescar toda a cota disponível. O resultado foi um aumento de mais de 400% da população de Pirarucus no rio desde a implementação dessas regras 
 
Já o repórter Thiago Jock e o repórter cinematográfico Luiz Silva e Silva foram a Florianópolis acompanhar a pesca da Tainha, que acontece entre junho e julho. A busca maior é pelas ovas da Tainha, o caviar brasileiro. Um quilo dela varia entre R$ 70 e R$ 80 e é exportada para países como China e Japão. A pesca deste peixe é feita pelo arrasto de rede, uma tradição de mais de 200 anos, mas que também é considerada bem perigosa, pois as canoas enfrentam as ondas do mar sem motor, somente com a força do remo. Já a dupla Milena Rocha e Alex Gomes fez uma reportagem registrando os desafios enfrentados pelos pescadores da Baixada Fluminense. Eles navegam por rios poluídos da Baía de Guanabara. A Defensoria Pública do Rio de Janeiro percorreu os rios Sarapuí e Iguaçu, ambos em Duque de Caxias. “Nós observamos uma situação degradante muita intensa que atinge essa população. Na Defensoria, entendemos essa situação como racismo ambiental” aponta a defensora Thaís dos Santos. 
 
O 'Profissão Repórter' desta terça-feira começa logo depois de ‘Cine Hollyúdi’.

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