Caminhos da Reportagem mostra segredos da farinha de mandioca do Acre

Divulgação

O Caminhos da Reportagem inédito que a TV Brasil leva ao ar no domingo (11), às 22h, viaja até Cruzeiro do Sul (AC) para conhecer a produção de farinha de mandioca, do plantio até a venda nos mercados. Desde 2017, a farinha da cidade acreana conta com o selo de Indicação Geográfica (IG) do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), que reconhece a qualidade e tradição de um produto a partir das condições ambientais e modo de fazer local. 

Situado quase na fronteira entre o Brasil e o Peru, o município de Cruzeiro do Sul já teve o extrativismo da borracha como sua principal atividade econômica, até o início do século 20. Hoje é a farinha de mandioca que movimenta a economia e traz renda para as comunidades locais. 

Durante o episódio "Farinha, a estrela do Acre" - da série especial “Riquezas da Nossa Terra” produzida em parceria com o Sebrae -, o programa revela que a farinha vem conquistando mercados dentro e fora do Brasil. O produto é resultado da mistura da cultura índigena da mandioca com a os hábitos dos nordestinos que migraram para o Norte do país. 

“Os indígenas tiveram um papel de grande relevância na passagem de seus conhecimentos ancestrais para o homem branco. Eles passaram essa forma cultural deles de fazer a farinha, que é mantida secularmente até hoje”, explica o historiador Marcélio Generoso. 

Cruzeiro do Sul tem cerca de 90 mil habitantes e 12 mil casas de farinha em funcionamento. Maria José Maciel, a “Veia”, é a presidente da cooperativa que organiza essa produção. “Antes do selo de indicação geográfica era muito difícil porque qualquer pessoa podia usar o nome ‘Farinha de Cruzeiro do Sul’, mas hoje só nós da Central do Juruá é que podemos. O selo começou a nos abrir portas”, conta ela à equipe de reportagem. 

A organização dos agricultores na cooperativa otimiza a produção, melhora o preço final e traz mais qualidade de vida para o produtor. O ofício muitas vezes é passado de geração para geração, como Francisco da Silva Maciel, que aprendeu a fazer a farinha com o pai.

“Eu tenho orgulho de ser produtor. Foi o que meu pai me ensinou, o legado que ele deixou pra nós é trabalhar. O que eu aprendi foi fazer farinha e até hoje eu levo”, conta Francisco, que mostrou em detalhes como é o processo artesanal de tingimento da farinha feito na cooperativa. O tom “amarelinho” do grão, obtido por meio do açafrão, vai ao gosto do freguês e Francisco encara com uma arte. 

A atração da emissora pública revela que a estrela de Cruzeiro do Sul também ocupa espaço de destaque na culinária. A farinha já faz parte dos hábitos alimentares diários dos acreanos, mas o chefe Jairé Cunha trabalha o ingrediente em pratos pouco habituais, como sushi feito com a farinha de mandioca. E a região aposta que as belezas da floresta, a tradição dos povos indígenas e a culinária local podem impulsionar também o turismo. 

“Nós somos um grande destino de surpresa. A visão de fora ainda é muito referente às florestas, que são a nossa grande potência, de fato. Mas as pessoas ficam muito surpresas com o que vão encontrar por aqui. Tem que vir com o coração aberto, porque vai ser surpreendido, mas positivamente”, afirma Thaly Figueiredo, produtora de conteúdo que incentiva o turismo na região compartilhando nas redes sociais informações sobre atrações e destinos do estado. 

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