'Morar SP': Nova série de reportagens expõe problema da moradia na maior cidade do país

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Uma das piores tragédias da cidade de São Paulo completa cinco anos no dia 1º de maio. Após um incêndio, o edifício Wilton Paes de Almeida, localizado no Largo do Paissandu, no centro da capital paulista, desabou, deixando sete pessoas mortas e duas desaparecidas até hoje. O prédio de 24 andares era ocupado irregularmente por 291 famílias carentes desde o início dos anos 2000. Cinco anos depois do desastre, a prefeitura mantém a promessa de construir um edifício para a população de baixa renda no local, mas nada foi feito até agora. A nova temporada da série de reportagens ‘Morar SP’, que vai ao ar nos três telejornais locais de São Paulo (‘Bom Dia SP’, ‘SP1’ e ‘SP2’), do dia 1º ao dia 12 de maio, escancara o drama da moradia na maior metrópole do país. Reportagens abordam a triste realidade das pessoas que não têm onde morar, que vivem em áreas de risco, em comunidades ou que gastam grande parte do salário com aluguel.   
   
Ao todo 18 matérias serão exibidas, seis em cada telejornal. Além de revisitarem as histórias das vítimas do desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, os repórteres Giba Bergamim, Gianvitor Dias e Thaís Luquesi ouviram famílias que esperam há anos na fila da Cohab na esperança de conseguir comprar um apartamento com subsídio do governo e só veem a lista aumentar enquanto poucas moradias são entregues. Entre elas, pessoas que foram entrevistadas nas outras duas edições da série, em 2014 e 2015, quando já estavam nessa espera. A situação delas não mudou ou até piorou. “Há diversas novas comunidades surgindo na capital paulista. O crescimento de diversos bairros, muitas vezes com moradias improvisadas, é visível. Um dos nossos objetivos é justamente contar os desafios dessas famílias de morar em São Paulo”, diz o repórter Gianvitor Dias.   
   
Contra a paralisia do governo, ‘Morar SP’ também mostra iniciativas importantes de ONGs que atuam para proporcionar uma habitação digna para quem não tem condições de pagar por um imóvel ou aluguel. "Percebi o quanto o trabalho da sociedade civil é fundamental para ajudar a resolver a questão da moradia. Conhecemos iniciativas que captam recursos do mercado para construir moradia popular e outras que conseguem oferecer aluguel social para quem antes morava há anos embaixo de um viaduto. Observamos que nenhum país que conseguiu avançar na questão da moradia conseguiu fazer isso sem a participação da sociedade civil organizada", destaca a repórter Thaís Luquesi.  
   
As equipes visitaram ainda pessoas que vivem nos chamados micro apartamentos, unidades de menos de 30 metros quadrados, que se multiplicam na capital paulista. A venda desse tipo de imóvel cresceu 38 vezes de 2016 para 2022, passando de 445 unidades comercializadas por ano para 16.917. O aumento da oferta de micro apartamentos é um efeito colateral do Plano Diretor da Cidade de 2014 que estimulou a construção de prédios residenciais próximo aos chamados eixos de transporte (onde tem trem, metrô e corredor de ônibus). Com poucos terrenos nessas áreas, houve uma supervalorização, o que levou o mercado a diminuir o tamanho dos apartamentos para vender mais. “A série pretende não só mostrar as mudanças nas regras urbanísticas para o crescimento da metrópole ao longo dos anos, como também revelar os principais dramas da moradia para a população de baixa renda”, ressalta o repórter Giba Bergamim.   
  
A série de reportagens 'Morar SP' vai ao ar nos telejornais locais de São Paulo, ‘Bom Dia SP’, ‘SP1’ e ‘SP2’, do dia 1º ao dia 12 de maio.  

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