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| Divulagação/Margareth Dias |
Vai ao ar nesta terça-feira (23/5), no Provoca, a entrevista de Marcelo Tas com um dos cientistas mais importantes do mundo, segundo a revista Nature, o físico e engenheiro Ricardo Galvão. Atual presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), ele conta sobre o convite para dirigir a entidade, o aprendizado com picadas de abelhas, as pressões que sofreu do ex-ministro Ricardo Salles durante o governo Bolsonaro, e muito mais. Vai ao ar na TV Cultura, a partir das 22h.
Marcelo Tas indaga se quando Galvão recebeu o convite para dirigir o CNPq, ele gritou "chupa", na janela, e ele diz: “Não, eu chorei de emoção (...) porque eu estava entendendo que não era só eu, mas a ciência sendo trazida de volta para o cenário nacional”.
Em outro momento do programa, Tas pergunta se o cientista já levou picada de abelha. “Muitas. A primeira vez que eu fui pegar uma colmeia, em um lugar que o fazendeiro tinha colmeias e se irritou com elas por terem matado uma vaca, e queria queimar tudo (...) eu não tinha nem roupa direito e voltei fortemente picado (...) e aprendi uma lição muito boa, acho que até por isso eu aceitei entrar para a política. Você tem que aprender a levar picada, aguentar a dor e esperar um pouquinho até ela ficar quentinha, você vai se acostumando”, diz Ricardo.
O cientista também comenta no Provoca sobre as pressões que sofreu no período que dirigiu o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), no governo Bolsonaro. “Do ministro Ricardo Salles, desde que ele assumiu. Sempre publicando que os dados do INPE estavam errados, que não eram suficientemente precisos para eles tomarem ações (...) até que chegou o general Heleno, em junho de 2019, e disse que os dados do INPE estavam sendo manipulados contra o governo (...) eu recebo um telefonema de um jornalista da BBC e depois do Corriere Della Sera (...) fiz um ofício detalhado ao ministro Marcos Pontes, isso vai levar problemas sérios ao Brasil, vocês não sabem o prestígio que tem o INPE (...) aí eu entendi que era um negacionismo para destruir o INPE”, conta.
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