'Companhias do Teatro Brasileiro': série exclusiva e inédita sobre a evolução da arte teatral no país estreia no Curta!

Divulgação Curta!

A história do teatro no Brasil começa com textos e atores trazidos de Portugal e passa por muitas transformações ao longo dos séculos XIX e XX até se tornar uma arte com características e ídolos nacionais. Esses desdobramentos incluem o extravagante teatro de revista, uma renomada companhia só com atores negros, grupos que se politizaram e encenaram peças de protesto em tempos de autoritarismo e nomes que forjaram uma estética única, como foi o caso do recém-falecido José Celso Martinez Corrêa, do Teatro Oficina. A série inédita "Companhias do Teatro Brasileiro" chega ao canal Curta! para contar os principais capítulos dessa história, em 15 episódios de cerca de 26min, cada. A direção é de um veterano das artes cênicas, Roberto Bomtempo.

O episódio inicial é intitulado "Cia. Dramática João Caetano" e começa traçando os primórdios da arte dramática em solo brasileiro, com o padre José de Anchieta e outros jesuítas que encenavam autos para catequizar os indígenas. Entre os entrevistados, há vários historiadores do teatro, como João Roberto Farias, Daniel Marano, Tania Brandão, Suzana Abranches e Rosangela Patriota. Para eles, a chegada da família real portuguesa, em 1808, foi decisiva para o surgimento do teatro como conhecemos hoje.

Poucos anos depois da chegada de D. João VI, foram construídos os dois primeiros teatros do Brasil, ambos com o mesmo nome e quase ao mesmo tempo: o Real Theatro São João de Salvador foi inaugurado em 1812 e o do Rio de Janeiro, no ano seguinte. Uma companhia portuguesa foi contratada pelo rei e passou a residir no Brasil. Embora os papéis importantes ficassem com atores lusitanos, outros menores eram confiados a brasileiros. E foi com esses pequenos papéis que João Caetano começou sua carreira. Graças à sua atuação fulgurosa, logo conquistou o público, o que gerou ciúmes dos colegas portugueses e causou sua consequente demissão.

Seu próximo passo foi fundar a primeira companhia dramática de atores brasileiros, que estreou em 1833 num teatro em Niterói, já que os do Rio de Janeiro não tinham data disponível. A peça inaugural foi "O Príncipe Amante da Liberdade ou A Independência da Escócia". A crítica de teatro e historiadora Tania Brandão comenta: "A inauguração do teatro brasileiro não se faz com um autor. Não adianta sustentar a teoria de que houve um texto inaugural. Quem começa o teatro brasileiro é um ator, João Caetano".

Com produção da Camisa Listrada, a série "Companhias do Teatro Brasileiro" foi viabilizada pelo Curta! através do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). Após "Cia. Dramática João Caetano", a série traz os episódios: "Cia. Dulcina-Odilon", "Cia. de Revistas Walter Pinto", "Teatro Experimental do Negro", "Cia. Maria Della Costa", "Teatro Brasileiro de Comédia", "Teatro de Arena", "Teatro Oficina", "Grupo Opinião", "Teatro Ipanema", "Asdrúbal Trouxe o Trombone", "Teatro dos Quatro", "Companhia Estável de Repertório", "Grupo Macunaíma" e "Grupo Galpão". 

A estreia é na Terça das Artes, 25 de julho, às 23h30.

Segundo episódio da série inédita ‘Viagem Através do Cinema Francês’ continua a explorar os mestres da direção

No segundo episódio da série inédita — e exibida com exclusividade no Curta! — "Viagem Através do Cinema Francês", intitulado "Meus Diretores de Referência - parte 2", continuamos a explorar os mestres que impulsionaram o cinema francês. Bertrand Tavernier (1941-2021), diretor da produção, conduz a narrativa. Ele nos apresenta Sacha Guitry, Marcel Pagnol, Robert Bresson, Jacques Tati e Jean-Jacques Grünenwald, destacando a contribuição única de cada um deles para a sétima arte. Ao longo do episódio, Tavernier compartilha suas visões pessoais sobre esses diretores, revelando suas influências e impacto no cenário cinematográfico francês, por meio de cenas memoráveis, entrevistas e análises.

A respeito de Sacha Guitry e Marcel Pagnol, Tavernier comenta que foram as palavras de Truffaut em relação à modernidade e liberdade presentes nas obras desses dois cineastas que o fizeram explorar seus trabalhos. Ele lembra que, infelizmente, a crítica da época rotulava suas produções como "teatro enlatado", de forma precipitada e falsa. “Julgamento precipitado e falso. Para começar, algumas peças filmadas permanecem muito divertidas, com diálogos deslumbrantes que passam maravilhosamente bem na tela. E uma interpretação paradoxalmente menos teatral do que em muitos filmes contemporâneos”, avalia. 

O cineasta Oliver Assayas também observa uma conexão peculiar entre Guitry e Quentin Tarantino. Para ele os dois são “cineastas do verbo”, cujas histórias se desenrolam principalmente através das palavras. “Assim como Tarantino, Guitry tinha a habilidade de fazer com que o inconsciente falasse e revelasse as nuances da narrativa através de seus diálogos bem trabalhados. Essa velocidade e fluidez na comunicação por meio das palavras conferem a Guitry um talento genial, algo que foi notável especialmente durante a década de 1930, em que o cinema francês estava passando por uma fase de evolução criativa e artística”, analisa.

Ao longo do capítulo, diversos filmes dirigidos por Sacha Guitry são destacados. Alguns deles são "A História de um Trapaceiro" (1936), "O Novo Testamento" (1936), "Désiré" (1937), "Vamos Sonhar" (1936), "O Meu Pai Tinha Razão" (1936) e "La Poison" (1951). Outros filmes são abordados, como "Um Condenado à Morte Escapou" (1956), de Robert Bresson, "Antonio e Antonieta" (1947), de Jacques Becker, e "La vérité sur Bébé Donge" (1952), de Henri Decoin.

"Viagem Através do Cinema Francês" pode ser assistida também no Curta!On – Clube de Documentários, disponível na Claro TV+ e em CurtaOn.com.br. Novos assinantes inscritos pelo site têm sete dias de degustação gratuita de todo o conteúdo. A produção é da Gaumont, Little Bear Productions e Pathé Production. A estreia do segundo episódio é na Quarta de Cinema, 26 de julho, às 23h.

Segunda da Música (MPB, Jazz, Soul, R&B) – 24/07

22h25 – “Paulo César Pinheiro - Letra e Alma” (Documentário) 

Poeta, escritor e compositor, Paulo César Pinheiro fala sobre suas origens, referências literárias, seu encontro com a poesia e o que lhe deu "régua e compasso". Autor de vasta e rica produção — entre músicas, livros, peças — e de parcerias, que já atravessam cinco gerações, o poeta não dá sinais de que a inspiração possa se esgotar. O filme tem o próprio Paulo César como narrador de sua história em ordem cronológica: começa falando das memórias da infância no subúrbio carioca e de sua juventude, quando escreveu suas primeiras – e já impressionantes – composições. Fala de um tempo e de uma geração de artistas talentosos com quem conviveu, compôs ou pelos quais foi gravado. Relembra o início da carreira, compondo ao lado de João de Aquino e Baden Powell, e de outros grandes parceiros que teve ao longo da vida, como Pixinguinha, Mauro Duarte e João Nogueira. Direção: Cleisson Vidal e Andrea Prates. Duração: 85 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 25 de julho, terça-feira, às 02h25 e às 16h25; 26 de julho, quarta-feira, às 10h25; 29 de julho, sábado, às 16h; 30 de julho, domingo, às 22h30.

Terça das Artes (Visuais, Cênicas, Arquitetura e Design) – 25/07

23h30 – “Companhias do Teatro Brasileiro” (Série) – Episódio: “Cia. Dramática João Caetano”

A Companhia de Teatro de João Caetano foi a primeira a ser fundada no Brasil no início do século XIX. Neste episódio, relembramos a importância histórica da companhia e como ela influenciou o teatro contemporâneo. Direção: Roberto Bomtempo. Duração: 26 min. Classificação: 10 anos. Horários alternativos: 26 de julho, quarta-feira, às 03h30 e às 17h30; 27 de julho, quinta-feira, às 11h30; 29 de julho, sábado, às 18h30; 30 de julho, domingo, às 08h30.

Quarta de Cinema (Filmes e Documentários de Metacinema) – 26/07

23h – “Viagem Através do Cinema Francês” (Série) - Episódio: “Meus Diretores de Referência - parte 2”

Vamos conhecer os diretores que fizeram o cinema francês despertar: Sacha Guitry, Marcel Pagnol, Robert Bresson, Jacques Tati e Jean-Jacques Grünenwald. Direção: Bertrand Tavernier. Duração: 52 min. Classificação: 10 anos. Horários alternativos: 27 de julho, às 03h e às 17h; 28 de julho, sexta-feira, às 11h; 29 de julho, sábado, às 13h; 30 de julho, domingo, às 18h.

Quinta do Pensamento (Literatura, Filosofia, Psicologia, Antropologia) – 27/07

19h30 – “Caminhos dos Orixás” (Série) – Episódio: “Iansã - Os nove véus na luta contra as injustiças” - INÉDITO

Iansã, também chamada de Oyá, é o orixá dos ventos e das tempestades. Guerreira, é de temperamento explosivo, irrequieta e extrovertida. Curiosa e intrometida, autoritária e sensual. Sua vontade tem que ser feita. Não consegue disfarçar a alegria ou a tristeza. Oya também é brisa, é leveza e movimenta quem está indeciso sobre qual caminho tomar. Direção: Betse de Paula. Duração: 26 min. Classificação: 10 anos. Horários alternativos: 28 de julho, sexta-feira, às 05h30 e às 13h30; 29 de julho, sábado, às 07h30 e às 20h30; 30 de julho, domingo, às 10h30 

23h – “Toni Morrison - Os Fantasmas da América” (Documentário) 

Escritora, editora, professora universitária e primeira mulher negra a receber o Nobel de Literatura, Toni Morrison tem sua obra e seu legado analisados neste documentário. Descrita como um “tesouro nacional” pelo ex-presidente Barack Obama, Toni – falecida em 2019 – produziu uma obra composta por 11 livros, traduzidos em diversos idiomas, profundamente impactada por questões raciais e com uma narrativa influenciada pela forma como seus antepassados contavam histórias. “Toni Morrison te leva para dentro de um ser humano, de maneira que nenhum de nós está preparado para imaginar”, afirma o diretor de teatro Peter Sellars. Além de Peter, outros depoentes relembram a potência da escritora, entre historiadores, ativistas e outros escritores. Entrevistas com a própria Toni também compõem o fio narrativo do documentário. O filme não se preocupa tanto com minúcias de sua vida pessoal quanto com acontecimentos que impactaram diretamente sua visão de mundo e, consequentemente, sua escrita. A maioria deles está relacionada ao preconceito racial sofrido por ela e às terríveis histórias de seus antepassados escravizados, como também à luta pelos direitos civis. Parte da mesma geração de Martin Luther King, Toni esteve ao lado de grandes ativistas, entre eles Angela Davis, de quem se tornou amiga e editora. Duração: 52 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 28 de julho, sexta-feira, às 03h e às 17h; 29 de julho, sábado, às 15h; 30 de julho, domingo, às 21h30.

Sexta da Sociedade (História Política, Sociologia e Meio Ambiente) – 28/07

20h – “Mistérios do arquivo” (Série) – Episódio: “1944: As imagens do Dia D”

Terça-feira, 6 de junho de 1944. Começam os desembarques na Normandia. Seu codinome oficial: Operação Overlord. Seu apelido: Dia D. Foi uma das maiores batalhas europeias da Segunda Guerra Mundial. Será também a maior operação de "mídia" já organizada desde que foram inventadas as câmeras. Centenas de repórteres participam do evento, fazendo registros preciosos. Direção: Serge Viallet. Duração: 30 min. Classificação: Livre. Horário alternativo: 29 de julho, sábado, à 0h e às 17h30

Sábado, 29/07 

21h – “Di Cavalcanti - Entre Tempos e Lirismos” (Documentário)

Di Cavalcanti foi um dos maiores nomes do movimento modernista brasileiro e sua produção artística se fez em mais de 50 anos de atividades. Ele fez parte da primeira fase do Modernismo, colocando o povo em suas pinturas, desenhos e murais, fundamentados em uma expressão contundente e lírica. O documentário aborda sua vida e obra, a partir de diferentes olhares, destacando sua importância até os dias de hoje. Direção: Marcela Akaoui. Duração: 26 min. Classificação: Livre. 

Domingo, 30/07

20h20 – ''Daniel Senise - Nem tudo tem que ser sobre alguma coisa'' (Documentário)

Um dos mais importantes artistas contemporâneos brasileiros, Daniel Senise é o tema deste filme, que enfoca seu processo criativo. O longa-metragem experimental foi desenvolvido em grupo, contando com a colaboração do próprio artista e com a consultoria do crítico e professor Agnaldo Farias. Em um híbrido entre documentário e ficção, Senise é tema, autor, ator e realizador. O filme mostra o cotidiano do pintor, que conta com mais de 40 anos de carreira, flagrando momentos como a montagem de suas exposições, conversas com curadores e amigos e a intimidade solitária de sua criação. Não se trata, portanto, de um longa biográfico, mas um recorte de sua produção, de suas ideias e força poética, em uma fase em que Daniel faz experimentações que extrapolam o trabalho de pintura. Direção: Bernardo Pinheiro. Duração: 75 min. Classificação: Livre.

Anderson Ramos

O Universo da TV é o site perfeito para quem quer ficar por dentro das últimas novidades da TV. Aqui, você encontra notícias sobre TV paga, programação de TV, plataformas de streaming e muito mais. É o único site que oferece uma cobertura completa da TV, para que você nunca perca nada. facebook instagram twitter youtube whatsapp telegram

Postar um comentário

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do O Universo da TV.

Postagem Anterior Próxima Postagem

Formulário de contato