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Poder ver as cores e formas do mundo é uma capacidade que ninguém quer perder. Porém, muitos brasileiros têm dificuldades para enxergar devido a doenças oculares que podem ocorrer por diversos motivos, desde causas genéticas a hábitos de vida. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente, cerca de 285 milhões de pessoas no mundo têm a visão prejudicada, sendo que a maioria dos casos, de 60 a 80%, poderia ser evitada ou tem tratamento. No 'Globo Repórter' desta sexta-feira, dia 17, os repórteres Graziela Azevedo e Philipe Guedes contam as histórias de pessoas que sofrem com catarata, glaucoma e outras doenças dos olhos e mostra as novidades dos tratamentos e serviços de oftalmologia.
O glaucoma, doença que é a principal causa de perda irreversível da visão, atinge cerca de 64 milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. Começa com a obstrução dos canais de drenagem do olho, provocando aumento da pressão ocular e danos no nervo óptico. O programa mostra uma nova técnica que ajuda a reduzir a pressão e controla melhor o glaucoma: a aplicação de um stent nos olhos dos pacientes.
O presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, Ricardo Paletta, está trabalhando para que, além dos planos de saúde, o SUS também ofereça a cirurgia com stents, complementando o arsenal de tratamentos que inclui procedimentos com laser e colírios. A comissão nacional de incorporação de tecnologias do SUS recomendou o uso, o Ministério da Saúde acolheu e agora só falta treinar as equipes e comprar o material.
“Todos temos muito medo de perder esse sentido e, ao mesmo tempo, tem muita gente que nunca foi a um oftamologista ou passa anos sem fazer exames fundamentais. Vamos mostrar como cuidar desse bem tão precioso que é a visão e as novidades que estão melhorando e até mesmo devolvendo a visão para muita gente”, diz a repórter Graziela Azevedo.
O repórter Philipe Guedes conhece no programa a história de Matheus Silva, um jovem que começou a perceber que algo não ia bem com sua visão em sala de aula. “Como eu, geralmente, sento na frente, nunca precisei forçar muito minha visão por causa da lousa que estava muito perto. Até que em uma prova eu tive que sentar lá no fundo. De um olho eu conseguia enxergar tranquilo, do outro eu não conseguia enxergar nada”, conta. Ele foi com o pai ao oftalmologista e descobriu que estava com astigmatismo nos dois olhos e miopia no olho direito. Segundo a oftalmologista Myrna Serapião, do Hospital dos Olhos de São Paulo, o uso excessivo de eletrônicos pode ser uma das causas da miopia de Matheus.
O diagnóstico na hora certa pode fazer a diferença. O programa conta também a história de crianças que foram diagnosticadas com retinoblastoma, um tumor que se desenvolve na retina e representa 14% dos casos de câncer em menores de dois anos. Como o influenciador digital com deficiência visual, Fernando Campos, conhecido pela luta contra o capacitismo. À repórter Graziela Azevedo, ele fala da importância da inclusão, de mostrar como a vida é maior que a deficiência e conta como aprendeu a viver sem enxergar.
“As reportagens nos trouxeram grandes surpresas, que nos dão esperança sobre os tratamentos. Algo que me impressionou e serve de alerta: brincar ao ar livre virou uma prescrição médica. As crianças têm ficado muito tempo de frente para as telas e os médicos dizem que a luz solar faz bem para as células dos olhos, que precisamos treinar a visão de longo alcance. Há estudos tentando comprovar se há relação entre o uso excessivo de telas e a miopia. Quando a gente se depara com essa realidade, nos faz pensar. É um programa de muitas descobertas. A medicina está avançando muito”, afirma o repórter Philipe Guedes.
O programa traz ainda as iniciativas que estão auxiliando brasileiros a realizarem os exames necessários para tratamento de forma gratuita e a garantir o acompanhamento oftalmológico para prevenção às doenças oculares.
O 'Globo Repórter' desta sexta-feira, dia 17, vai ao ar logo após ‘Todas as Flores’.
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