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No mês em que é celebrado o Dia da Consciência Negra, o 'SP2' exibe a partir deste sábado, dia 11, a segunda temporada da série ‘Memórias Negras’, que fala sobre a presença negra na história de São Paulo. A repórter Mariana Aldano e equipe percorrem regiões da grande São Paulo onde a memória do povo negro teria sofrido apagamento. A primeira temporada foi exibida em abril deste ano. O ‘Memórias Negras’ continua nessa jornada de investigação da história preta na cidade. “Nesta temporada, ampliamos nossa busca para as bordas da cidade e para a região metropolitana”, conta Mariana.
A primeira das quatro reportagens da série, que será exibida em sequência aos sábados no telejornal, mostra o desafio de historiadores para remontar a trajetória de heroínas negras do passado, já que faltam registros históricos, pinturas e imagens pela cidade. A matéria conta quem foi Luiza Mahin, mãe de Luiz Gama, abolicionista enterrado no Cemitério da Consolação. Luiza virou nome de praça na Freguesia do Ó, na década de 1980. A equipe também conversou com uma jovem ilustradora que se dedica exclusivamente a ilustrações de pessoas pretas. Ela afirma que, se depender dela, nenhuma heroína da atualidade ficará sem rosto.
No segundo episódio, a equipe do ‘SP2’ vai ao bairro da Jabaquara conhecer a rota de escravizados, um quilombo de passagem, que era a última parada no caminho até a cidade de Santos, onde ficava o Quilombo de Jabaquara. O lugar, conhecido como Sítio da Ressaca, fica no mesmo complexo onde foi inaugurado um centro de culturas negras. A matéria mostra ainda um grupo de mulheres que se reuniu no bairro da Saúde para formar um quilombo urbano. É um espaço de troca de conhecimento, de atividades culturais e sociais e de resgate e de preservação da cultura negra.
Já a terceira reportagem vai falar da forte presença da população negra na formação na Zona Leste da capital paulista. Localizadas no bairro da Penha, a Irmandade dos Homens Pretos, criada na segunda metade do século XVIII, e a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos são os marcos mais conhecidos desse passado. O episódio também vai falar sobre a importância histórica das mulheres negras que ajudaram a formar o bairro. Muitas delas eram parteiras, aguadeiras, benzedeiras e quitandeiras, como a dona Micaela, que ganhou uma homenagem em uma praça da região.
Na última reportagem da série, o telejornal vai mostrar que Santana de Parnaíba, na Região Metropolitana, abrigou um quilombo no pós-abolição chamado de Cururuquara. Até hoje, há descendentes diretos de pessoas escravizadas no território, que ainda fazem questão de preservar as tradições dos antepassados. A principal delas é o samba de bumbo, que nasceu durante as celebrações logo após a lei Áurea ter sido decretada. Há cerca de dois anos, os moradores ganharam a Casa do Samba Parnaíbano. Mas, pela cidade, é como se a história negra não tivesse existido, como se apenas os bandeirantes tivessem passado por lá, com seus nomes estampando as ruas, praças e bustos em monumentos.
A série ‘Memórias Negras’ vai ao ar no ‘SP2’, na TV Globo, em quatro episódios sempre aos sábados, a partir do dia 11 de novembro.
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