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Um caso recente, ocorrido em setembro de 2023 em um hotel de Colatina (ES). Primeiramente, foi apontado como feminicídio, mas segue sendo investigado e ainda intriga o Brasil. A morte da psiquiatra
Juliana Ruas El-Aouar, que tem como principal suspeito seu marido, o ex-prefeito de Catuji (MG), Fuvio Serafim, está no décimo episódio do Doc Investigação, que chega ao PlayPlus no domingo (03/03).
No dia 2 de setembro do ano passado, a médica foi encontrada morta no quarto do hotel em que estava hospedada com o marido. O Doc Investigação teve acesso, com exclusividade, ao depoimento do ex-prefeito, principal suspeito pela morte da psiquiatra. “Quando acordo, infelizmente, ela estava encostada na cabeceira da cama, com a cabeça para trás, a perna muito marcada de sangue, os olhos fitados e com os lábios muitos roxos”, diz Fuvio, sobre o instante em que encontrou a esposa morta.
Começo do romance
O caso é cercado de lacunas. A repórter Thais Furlan viajou para a região onde tudo aconteceu e revela detalhes sobre a vida e os momentos finais de Juliana, além de conversar com amigos, parentes e vizinhos do casal.
A equipe do Doc Investigação ouviu o pai da médica, Samir El-Aouar, que se emocionou muito ao relembrar da filha e todos os problemas enfrentados por ela. “É uma dor que, eu acredito, vai ficar para a vida toda. Até eu morrer, nunca vou esquecer da minha filha”.
Juliana e Fuvio se conheceram em 2016, ele era paciente dela. Algum tempo depois, o ex-prefeito perdeu sua mulher em um acidente de carro. Depois de um divórcio complicado com o primeiro marido, Juliana se casou com Fuvio.
Dependência em ketamina
O político e a filha dele passaram a viver com Juliana, dois meses após ele ficar viúvo. “Formávamos uma família linda, perfeita”, disse o ex-prefeito no depoimento.
Mas, aos poucos, o relacionamento foi devastado por uma substância chamada ketamina, anestésico potente, de uso hospitalar e, em alguns casos, utilizado em surtos de depressão.
Fuvio teve o primeiro contato com a medicação durante um tratamento psiquiátrico, logo após perder a primeira esposa, e se viciou na substância, facilmente conseguida por Juliana, que tinha uma licença para receitá-la a seus pacientes.
A médica também caiu na dependência da ketamina, e alegava necessitar da medicação devido a fortes dores no corpo. Juliana e Fuvio mergulharam na droga e faziam autoaplicação da substância.
Morte sob suspeita
Juliana e Fuvio resolveram ir para Colatina para que ela fizesse um procedimento de bloqueio de dor e, assim, ficasse livre da dependência na ketamina. Mas, o que era para ser um recomeço, acabou em tragédia.
As câmeras de segurança do hotel mostram a psiquiatra chegando ao local visivelmente drogada. Logo após Juliana realizar o procedimento, ela e Fuvio voltaram para o hotel e, horas depois, Juliana é encontrada morta no quarto.
Fuvio e o motorista do casal, Robson Gonçalves dos Santos, são presos. O político é detido como principal suspeito pela morte de Juliana. “A culpa dele é ter levado as drogas, ter colaborado, contribuído com o uso de drogas, mútuo entre ele e ela. E assumido todo o risco de produzir esse resultado, no caso, a morte da Juliana,” explica o delegado Deverly Pereira Júnior.
Detalhes reveladores
O motorista foi solto pouco mais de um mês após o ocorrido, e responde em liberdade por ocultação de provas. A equipe do Doc Investigação conseguiu localizá-lo. Robson conversa com Thais Furlan e conta detalhes sobre sua relação com Juliana.
O pai da médica, ainda muito arrasado com a morte da filha e as circunstâncias em que tudo ocorreu, também dá um depoimento forte sobre o que pensa das ações do genro, Fuvio Serafim. Essas
e outras revelações sobre o caso estão no décimo episódio do Doc Investigação, que chega ao PlayPlus no domingo (03/03).