Foto: TV Cultura |
O documentário Os Caminhos da Democracia – 1932 - 1977: a história do Movimento Estudantil no Brasil, produzido pelo Jornalismo da TV Cultura, com pesquisa, roteiro e redação do jornalista e professor Gabriel Priolli, é finalista do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos.
Neste ano, foram 601 produções inscritas na premiação, em sete categorias: Arte, Fotografia, Texto, Vídeo, Áudio, Multimídía e Livro-reportagem. A escolha dos vencedores será feita pela Comissão Organizadora no próximo dia 10 de outubro, das 14h às 18h, em sessão pública com transmissão ao vivo pelo Canal do Prêmio no YouTube.
A cerimônia de premiação acontecerá no dia 29 de outubro, às 20h, no Tucarena, em São Paulo.
O documentário
Os Caminhos da Democracia – 1932 - 1977: a história do Movimento Estudantil no Brasil traz uma perspectiva do Movimento Estudantil e destaca os primórdios da luta em 1932, com a morte dos estudantes paulistas Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo (MMDC,) em manifestação que precedeu a Revolução Constitucionalista de 32.
Ao longo dos 90 minutos de duração, a produção resgata imagens brutas inéditas, extraídas do rico acervo da TV Cultura: cenas que mostram os avanços e recuos do movimento estudantil, às vezes conseguindo driblar a repressão; e em outros momentos, sofrendo os efeitos brutais do enfrentamento contra o regime, além de conversar com personagens que viveram a realidade do movimento estudantil na época.
Priolli, que tem passagens pelos principais veículos de comunicação do País, era repórter da TV Cultura e testemunhou e gravou o levante dos estudantes contra a ditadura militar. Num depoimento pessoal, ele, que também foi aluno e trabalhou ao lado de Vladimir Herzog – assassinado pelo regime militar, relembra o papel dos estudantes no processo de redemocratização e a participação dele na cobertura jornalística dos anos 70.
O documentário ainda conversa com personagens do movimento estudantil da época, como Paulo Moreira Leite, ex-estudante da USP e atualmente jornalista no Brasil 247; o atual presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, economista formado pela USP, que atuou na corrente estudantil Refazendo; e o também jornalista Sergio Gomes, formado pela USP, fundador da Oboré, que foi torturado no temido DOI-CODI. O jornalista Alberto Gaspar - apresentador do programa Legião Estrangeira, da TV Cultura - também dá o seu depoimento; ele estava na PUC e foi preso no dia em que a universidade foi invadida.
Dividido em cinco blocos, a produção é apresentada pelos repórteres Jerônimo Moraes, Vanessa Lorenzini e Luiz Turati, cada um cobrindo o espaço geográfico de algum acontecimento importante nos idos de 1977, um ano fundamental para entender os fatos que levaram ao início do fim da ditadura militar. A USP, Praça da República, o Viaduto do Chá, a PUC, o Aeroporto de Congonhas, o Largo de Pinheiros e a própria sede da TV Cultura em São Paulo foram palco desses acontecimentos.
O documentário está disponível no canal da TV Cultura no Youtube
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