Débora Oliveira, Thais Herédia e Henrique Meirelles no CNN Entrevistas. Divulgação/CNN Brasil |
O ''CNN Entrevistas'' deste sábado, 12, recebe Henrique Meirelles, presidente do Banco Central durante os primeiros e segundo mandato do presidente Lula (2003 a 2011). Em conversa com as analistas de Economia da CNN Brasil Débora Oliveira e Thais Herédia, o ex-ministro da Fazenda do governo Temer (2016-2018) e atualmente consultor prevê tempos mais calmos na relação entre o governo e a instituição a partir da chegada de Gabriel Galípolo, o sucessor de Roberto Campos Neto na presidência do BC.
Aos comentar as críticas que o presidente Lula no atual mandato tem feito a Campos Neto, Meirelles, opina: ''Acho que o Banco Central age tecnicamente".
Para ele, na expectativa da chegada de Galípolo, a tendência é de calmaria da parte de Lula: ''Na minha opinião, a tendência disso é acalmar, porque ele passa a ter mais segurança de que, independentemente de ele gostar ou não gostar da decisão, aquela diretoria não está fazendo nada contra o governo, está fazendo aquilo que tecnicamente acha que deve fazer. Esse é o ponto.''
Meirelles durante a conversa com a CNN Brasil detalha como Lula pediu a ele que baixasse os juros quando estava na presidência do BC e como foi selado um acordo de independência entre eles. Ele conta que o presidente lhe telefonou para pedir corte de juros. ''Naquele momento, ele de fato me telefonou porque ele achava, estava convencido lá por vários assessores etc., de que o país não cresceria os tais 5% no ano seguinte se não tivesse uma medida de afrouxamento monetário. E eu disse a ele que não, que não era o caso e etc.'', revela.
Meirelles prossegue: ''Ele fez, a única vez no governo inteiro, isso é importante dizer né? Ele fez um pedido direto e eu disse para ele que realmente ele estava sendo mal aconselhado, porque nós poderíamos crescer assim, mantendo a inflação na meta e mantendo tudo exatamente de acordo com o que deveria ser na economia.''
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