Longa metragem Tesouro tem estreia adiada para 28 de novembro


TESOURO, novo longa metragem da diretora alemã Julia von Heinz (“E AMANHÃ… O MUNDO TODO” e “ENTÃO, VOU NESSA!”) tem estreia adiada para 28 de novembro nos cinemas brasileiros. Exibido no Festival de Berlim e no Festival do Rio, longa acompanha a jornada de um pai e uma filha que vão à Polônia revistar lugares da infância dele. Filme conta com distribuição da California Filmes.

Inspirado por numa história real que serviu de base para o romance da alemã Lily Brett, o filme tem como protagonista Ruth (Lena Dunham), uma jornalista que viaja à Polônia em companhia de seu pai, Edek (Stephen Fry), que nasceu no país. Ela pretende conhecer os lugares onde ele viveu antes do Holocausto. Ele, porém, não quer reviver essas memórias, e, a todo momento, tenta sabotar a viagem criando situações inusitadas.

Von Heinz, que assina o roteiro com John Quester, conta que uma das coisas que mais a seduziu no livro é como Brett combina drama e comédia numa história comovente sobre o Holocausto. “Trata-se da obra de uma jovem escrevendo sobre o Holocausto em uma prosa tão leve e bem-humorada, que eu não sabia se chorava ou ria alto.”

Ela define o longa como uma “história de amor” entre um pai e sua filha, que não podiam ser pessoas mais diferentes. Sobrevivente do Holocausto Edek irradia força, otimismo e humanidade e faz amizade com todos que conhece. Sua filha, no entanto, carrega consigo o trauma de seus pais e encontra a Polônia, o país da morte de sua família, com raiva e amargura.

“Estou muito feliz que Lena Dunham e Stephen Fry estejam interpretando Ruth e Edek Rothwax. Eles não são apenas estrelas internacionais, mas também têm uma forte conexão pessoal com a história: ambas as famílias são judias e têm raízes na Europa Oriental. Stephen até passou por uma jornada semelhante à do próprio Ruth. Ambos são simplesmente atores de primeira classe que combinam tragédia com comédia sem esforço.”

Dunham, por sua vez, comemora a oportunidade de fazer um papel complexo como Ruth. “É muito raro, para ser sincera, que me ofereçam um papel substancial, a menos que eu o escreva a mim mesma. Muitas mulheres, não importa sua forma ou tamanho ou origem religiosa ou étnica, sentem que há uma escassez de papéis que honrem sua verdade e permitam que elas realmente façam parte de uma história e não apenas um acessório ou clichê”, conta a atriz.

Fry também aponta as conexões pessoais que o fizeram se encantar com Edek. “Achei muito comovente e muito tocante, e também tive um elemento de conexão, porque a família da minha mãe veio da Europa Central, era judia e, infelizmente, também acabou em Auschwitz. Então, havia muita coisa para me conectar com isso. E quando ouvi que Lena Dunham estava envolvida, fiquei muito animado. Adorei a ideia de interpretar o pai dela”.

O filme foi rodado na Europa, e por três dias a equipe trabalhou em Auschwitz. Embora as equipes de filmagem não tenham permissão para entrar, von Heinz obteve permissão especial para filmar no estacionamento e do lado de fora da cerca ao longo da fronteira. Além disso, a equipe foi autorizada a tirar fotos perto do quartel para que a equipe de efeitos visuais pudesse inserir imagens atrás de Dunham e Fry na pós-produção.

“Acho que é uma das primeiras vezes que vemos em um filme como esse campo de concentração está agora. É um lembrete da importância daquele lugar e do fato de que eles não o mudam. Sobreviventes e gerações posteriores precisam deste lugar para entender o que aconteceu. Você sai com o coração muito pesado”, conclui von Heinz.

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