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| O investigador disse ser alvo preferencial do PCC por causa de seu trabalho: 'Abri mão da minha liberdade. Hoje sou um promotor recluso, tão preso quanto aqueles que isolei no sistema penitenciário federal', afirmou. foto: Divulgação/CNN Brasil |
O promotor de justiça Lincoln Gakiya, que há mais de 20 anos investiga o PCC (Primeiro Comando da Capital), é o convidado desta semana no CNN Entrevistas. Na ocasião, ele destacou a estimativa de que a facção movimente cerca de US$ 1 bilhão por ano.
O valor não inclui movimentações individuais de lavagem de dinheiro por parte de integrantes da cúpula da organização, que tem sofisticado os métodos para ocultar a origem de suas receitas, afirmou o investigador aos jornalistas Pedro Duran e Pedro Venceslau.
O promotor falou sobre a crescente influência política do crime organizado, sobretudo por meio de doações a campanhas eleitorais e de apoio à eleição de vereadores e prefeitos. “O PCC se infiltrou nos poderes do Estado. Disso eu não excluo o Ministério Público nem o Judiciário, nem Executivo e Legislativo”, afirmou o promotor. Para Gakiya, o veto ao financiamento de campanhas por empresas, a partir de 2015, potencializou a atuação do crime organizado.
O investigador também contou aos jornalistas que é alvo preferencial do PCC em razão de seu trabalho no MP (Ministério Público) de São Paulo. “Abri mão da minha liberdade. Hoje sou um promotor recluso, tão preso quanto aqueles que isolei no sistema penitenciário federal”, disse.
Outro assunto abordado por Gakiya diz respeito aos casos recentes de violência policial por parte da PM (Polícia Militar) paulista. “Isso demonstra uma absoluta falta de humanidade, desprezo pelo ser humano e falta de controle do policial”, afirmou. O promotor ressaltou que o Ministério Público tem atuado para monitorar e investigar os casos, enfatizando a necessidade de punições exemplares para policiais que cometem abusos no exercício de suas funções.
O programa vai ao ar neste sábado (07), às 21h.
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