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| Foto: TV Brasil |
Em clima de folia, a apresentadora Teresa Cristina recebe o carnavalesco e comentarista Milton Cunha na edição inédita do programa Samba na Gamboa deste domingo (23), às 13h, na TV Brasil. O especialista aborda desfiles inesquecíveis das escolas de samba do carnaval carioca. Entre a análise de um sucesso e outro, a cantora interpreta clássicos com os maiores sambas-enredo de todos os tempos.
Teresa Cristina solta a voz para entoar músicas que atravessam gerações como "Bum Bum Paticumbum Prugurundum", samba campeão do Império Serrano em 1982; "Ratos e Urubus, Larguem Minha Fantasia", canção do vice-campeonato da Beija-Flor em 1989; "O Ti Ti Ti do Sapoti", obra da Estácio de Sá em 1987; e "Histórias Para Ninar Gente Grande", samba que deu o título à Mangueira em 2019, entre outras.
O experiente cenógrafo explica os enredos das composições, destaca seus autores e fala sobre grandes personalidades do carnaval durante o bate-papo inédito. Milton Cunha revela bastidores e a repercussão desses sambas-enredo que fizeram história e ainda são lembrados como referência hoje.
O convidado também recorda carnavalescos que inovaram e deixaram importante legado, como Rosa Magalhães e Joãosinho Trinta. Milton Cunha ainda lembra de intérpretes que deram vida a performances inesquecíveis das agremiações com vozes únicas como Dominguinhos do Estádio e Neguinho da Beija-Flor.
Produção original da emissora pública, o Samba na Gamboa pode ser acompanhado no app TV Brasil Play e no YouTube do canal. O programa também tem versão para a Rádio Nacional aos sábados, ao meio-dia, para toda a rede.
Análise de sambas-enredo e desfiles com grande repercussão
Durante a conversa com Teresa Cristina no Samba na Gamboa, Milton Cunha reflete sobre o canto do público na Marquês de Sapucaí. "O samba-enredo é aquela mágica. Ninguém ganha no barracão, no CD ou nas plataformas digitais. É na hora. É o quesito mistério. Aquele que ninguém vê, mas todo mundo sente", diz.
Ainda sobre os sambas e seus intérpretes, o convidado é categórico: "Colocar samba no lugar da empolgação é muito bom. Quando a voz resolve tudo. Ela traz a multidão com ela", avalia sobre a importância dos cantores que embalam os foliões na Passarela do Samba.
Sobre "O Ti Ti Ti do Sapoti", música com versos que embalaram a Estácio de Sá em 1987, Milton Cunha recorda o timbre do vozeirão de Dominguinhos do Estácio e o entusiasmo da plateia na Avenida. "Era um samba chiclete. Todo mundo masca e vai atrás", opina.
Ele critica a reedição dos sambas nos carnavais recentes. "A magia não volta. É histórico. Quem viveu, viveu. Você pode até tentar reler. Mas fazer a imitação não vai conseguir. O tempo passou. A água do rio nunca é a mesma. Você se banha e ele vai. E você é outro", afirma.
Milton Cunha comenta o enredo "Histórias Para Ninar Gente Grande", do carnaval vitorioso da Mangueira em 2019. "Belíssimo. O fator Leandro Vieira. A escola de samba como consciência crítica para pensar a atualidade. É um samba que resgata quase 20 personagens e mistura essas personalidades. É um clássico da modernidade", aponta sobre a apresentação momesca organizada pelo carnavalesco revelação do Rio de Janeiro.
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