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| Foto: TV Brasil |
A TV Brasil exibe o quinto e último programa inédito do seriado Dias de Luta, produção documental que aprofunda o debate sobre diversas datas que moldaram a história do país, nesta quinta (13), às 23h. Com foco no significado de acontecimentos importantes para a população negra brasileira, a obra independente destaca a "Lei Eusébio de Queirós" como mote para refletir sobre o futuro na edição final da série.
O tema que marca o término da exibição do conteúdo na telinha da emissora pública propõe uma análise sobre as perspectivas para os negros no país. Os desafios que essa parcela significativa da população encara entra em pauta na série Dias de Luta. O episódio aponta as estratégias de resistência e sobrevivência diante das adversidades contemporâneas.
Para embasar o debate sobre o assunto, o seriado traz os depoimentos da cineasta Larissa Fernandes e da historiadora Keilla Vila Flor que trazem uma abordagem da realidade nacional e contextualizam o acontecimento histórico, respectivamente.
"Nós mulheres negras somos a base de uma pirâmide de privilégios. Os direitos nos são negados. Temos a necessidade de representação. Saber que você pode e deve ocupar lugares na sociedade. Posso estar onde quiser", pondera Larissa Fernandes.
A cineasta reforça a importância dessa identificação. "Você se ver nas telas com a representatividade de gênero, sexual e regional faz muito bem como pessoa nesse espaço e tempo atual. É muito forte. Você não está sozinha no mundo", destaca a profissional que atua no mercado audiovisual.
A historiadora Keilla Vila Flor explica a origem da expressão "para inglês ver" e comenta o contexto da "Lei Eusébio de Queirós", aprovada em 4 de setembro de 1850. "É fruto de um processo de um período conturbado da diplomacia brasileira com a inglesa", ensina a professora.
O novo regramento resulta de diversos fatores, segundo a especialista. "Atende a pressões inglesas e aos anseios abolicionistas que já existia no Brasil. A lei põe fim ao tráfico transatlântico de pessoas escravizadas. Essa lei também vai sofrer desrespeito, mas em menor medida que as anteriores", completa a pesquisadora.
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