Makunaima XXI: adaptação cinematográfica do clássico de Mário de Andrade inicia filmagens

Foto: Divulgação

Começa a ser rodado esta semana o novo longa dirigido por Felipe M. Bragança e Zahỳ Tentehar, inspirado no clássico ''Macunaíma, O Herói Sem Nenhum Caráter'', livro fundamental do movimento modernista brasileiro, escrito por Mário de Andrade.

''Makunaima XXI'', o filme, traz uma nova abordagem do personagem, numa história escrita por Felipe em diálogos com Zahỳ Tentehar e com o artista plástico Denilson Baniwa, tomando como ponto de partida narrativas indígenas dos povos Makuxi e Taurepang (Pemon), do extremo norte do país. O roteiro teve também acompanhamento do antropólogo Hermano Vianna.

Os diretores reuniram diferentes atores para incorporar o personagem ao longo de sua trajetória: Itallo Makuusi, Mario Jorgi, Gaby Amarantos e Bruno Gagliasso. Essa diversidade se reflete no restante do elenco e na equipe técnica e criativa, formados por pessoas negras, brancas e indígenas.

''A gente costuma dizer que o filme será uma aventura cômica e cósmica brasileira, jogando com os estranhos caminhos que nos tornaram esse país tão afetivo, cruel e misterioso'', comenta o diretor Felipe M. Bragança

''Antes de tudo, para mim, esse é um filme originário. Tanto na temática, como na forma de nascer. Já estava mais que na hora de termos uma versão dessa história que também nos contemplasse como indivíduos pensantes. Um filme também traquinado por mentes indígenas, por corações que carregam outros tempos, outras formas de ver o mundo. Filmar, para mim, é uma reza. Não é sobre repetir fórmulas, é sobre ouvir os espíritos e transformar escuta em linguagem. Meu cinema não quer explicar, quer fazer sentir'', afirma a diretora Zahỳ Tentehar.

A direção de arte mistura elementos indígenas e futuristas, tendo à frente Denilson Baniwa, vencedor do Prêmio PIPA 2021 e curador do pavilhão brasileiro da Bienal de Veneza 2024, em parceria com a experiente diretora de arte Elsa Romero. O filme fará também uma homenagem ao artista plástico indígena Macuxi Jaider Esbell, falecido em 2021.

O longa terá cenas rodadas na reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima; em Manaus; em Brasília e em estúdios e interiores no Rio de Janeiro. À frente da produção está Marina Meliande. As empresas envolvidas no projeto são: Duas Mariola Filmes como produtora, Globo Filmes, Promenades Films (França) e Foi Bonita a Festa (Portugal) como co-produtoras, e Vitrine Filmes como distribuidora.

Anderson Ramos

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