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| "Sedução'' começou a ser rodado em maio, em Alter do Chão. Foto: Reynaldo Zangrandi |
As filmagens do longa-metragem ''Sedução'' chegaram ao fim nesta quinta-feira (12 de junho), no Rio de Janeiro. A ficção inspirada na história real que revela um segredo familiar, marca a estreia de Marcos Palmeira na direção de cinema, ao lado de seu pai, Zelito Viana. Além de codirigir, Marcos é o protagonista Paulo, um ator renomado, acostumado a ser bajulado, que vive alienado em seu próprio mundo. ''Sedução'' é produzido pela Mapa Filmes e coproduzido pela Globo Filmes, Telecine e Canal Brasil. A distribuição será da H2O Films.
''O filme é um resgate familiar, uma mistura da minha vida com a do meu pai, que descobriu que o pai dele teve uma segunda família em outro estado. O personagem começa num lugar para acabar, como eu, transformado através do contato com o Brasil profundo'', conta Marcos.
Com cenas rodadas em Alter do Chão, no Pará, ''Sedução'' conta a história da reviravolta na vida de Paulo (Marcos). Quando recebe a notícia da morte do pai, na região Norte, ele se vê obrigado a deixar sua vida para trás. A contragosto, embarca em uma jornada para resolver os assuntos pendentes do pai, mas, ao longo do caminho, entra em contato com a realidade do Brasil profundo e passa por uma transformação radical.
No elenco, também estão nomes de destaque do audiovisual brasileiro. Camila Morgado (''Olga'', ''A Casa das Sete Mulheres'', ''Bom Dia, Verônica'') interpreta Sara Teixeira; Dira Paes ''Dois Filhos de Francisco'', ''Pureza'',''Amores Roubados''), premiada atriz paraense, dá vida a Maria Rita Martins. Completam o elenco Begê Muniz, Mell Muzzillo, Carlos Betão, Paulo Queiroz, Fidelis Baniwa, Neire Lopes, Pedro Manoel Nabuco e Beatriz Cohen.
''É uma produção de baixo orçamento, um filme de guerrilha. A ideia do projeto vem sendo cultivada há mais de uma década'', complementa Marcos.
Zelito Viana contou sobre a experiência e escolha de filmar em Alter do Chão: ''Nesse filme, o meio ambiente também é um personagem. Eu optei por fazer um filme naturalista, como um ‘documentário em forma de ficção’. É preciso que as pessoas acreditem naquilo que estão vendo. Não há direção de arte que consiga reproduzir aquele lugar, porque são coisas ancestrais. A comunidade de Santarém já existe muito antes do ‘descobrimento do Brasil’. Precisamos respeitar essa história''.
