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| Foto: Ana Paula Santos/ Acervo TV Cultura |
Nesta terça-feira (28/10), Marcelo Tas entrevista a atriz Zezé Polessa no Provoca. A artista, que está em cartaz com o monólogo Os olhos de Nara Leão, fala sobre a inspiração na cantora, revela sua primeira formação acadêmica e como lidou com os desafios da carreira. O programa vai ao ar às 22h, na TV Cultura.
Nesta edição, Tas começa perguntando a Zezé quais semelhanças ela enxerga entre si e a musa da bossa nova. “Eu... a gente não sabe o que atrai, se é o que falta na gente e a gente deseja, se é identificação (...) Esse movimento dela [Nara], eu acho que eu tenho essa coisa de querer chegar em uma essência de quem eu sou... Do que eu estou fazendo aqui, o que eu tenho para dizer, o que eu tenho para aprender”, reflete.
A atriz relembra ainda sobre seu primeiro papel, aos sete anos de idade, quando interpretou a Estrela Dalva, em um Auto de Natal, e conta como a marcou. “Minha mãe falou: ‘Puxa, você podia ter dado um sorrisinho.’ A minha primeira crítica (...) Falei: ‘Não, mas era muito sério. O papel ali era muito sério.’ E aquilo foi um momento inesquecível. Claro que eu não sabia nada, "quero ser atriz", não tinha nenhum ator na minha família, não era nada disso. Mas era um bem-estar que era eu e não era eu, fazendo uma coisa legal. Não era eu, era uma provocação”, diz Zezé.
Entre as lembranças do passado e o trabalho atual, a atriz revela que cursou medicina, por influência da família. Mesmo formada, não seguiu carreira e, quando optou pela vida nos palcos, chegou a ser expulsa de casa. “Passamos pela exclusão familiar. Mas isso também me levou para outras estruturas, outras...buscar outra coisa (...) Eu falei: ‘eu não sei, eu não sei, não sei...’ Eu estava bem doida, bem doida. Aí ela... Hoje ela [mãe] diz, quando a gente falou sobre isso, ela diz que não sabia o que fazer comigo. ‘Eu não sabia o que te dizer, não sabia como te orientar, eu não sabia...’ Então, de certa forma, foi um ato também de muita coragem dela e de soltura. A gente às vezes tem que saber dizer: "não sei mais o que fazer, meu filho. Vai você aí”, encerra.
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