SKY é a segunda operadora a fechar acordo para retorno dos canais do grupo Simba

A segunda maior operadora de TV paga finalmente fechou o acordo com o grupo Simba. (Imagem/Divulgação)
A segunda maior operadora de TV paga do país, a Sky voltará em breve a carregar os sinais de Record, SBT e RedeTV!. A empresa fechou acordo com a Simba, programadora das três emissoras, e encerrou uma crise que se arrasta desde o final de março. O contrato entre dirigentes das redes e da Sky foi assinado hoje (30) em São Paulo como informa Daniel Castro do Notícias da TV. 

Com 5,5 milhões de assinantes em todo o país, a Sky é a segunda grande operadora a fechar acordo com a Simba. A primeira foi a Vivo. A Net e a Claro, que juntas têm mais da metade do mercado nacional de TV por assinatura, já estiveram muito próximas de um final feliz, mas uma reviravolta impediu o acerto. As empresas seguem negociando. A Oi também segue negociando com o grupo.

O acordo com a Sky traz o entendimento para que  que permitirá que os sinais nas cidades de São Paulo e Brasília seja imediatamente, e obviamente garante que nas futuras cidades em que o sinal analógico for desligado, o sinal digital permaneça no line-up. A principal grande praça em que acontece o desligamento de TV analógica é o Rio de Janeiro, em outubro.

Agora a principal negociação da Simba está com a Net, principal operadora de TV paga, com a maior base. Com a Oi TV a negociação está mais lenta.

Os detalhes do acerto fechado com a Sky e com a Vivo TV são sigilosos, mas sabe-se que a Simba aceitou valores que são pelo menos 15 vezes menores do que os originalmente colocados na mesa de negociação.

No mercado, estima-se que Record, SBT e RedeTV! receberão da operadora aproximadamente R$ 1,00, receita que será compartilhada por elas.

O contrato só foi possível porque as emissoras de TV recuaram e aceitaram reduzir drasticamente os valores que pretendiam cobrar das operadoras.

Em março, a Simba pediu R$ 15 pelos sinais digitais das três redes, o equivalente ao custo que as empresas de TV por assinatura têm com pacotes premium, como HBO e Telecine, pelos quais cobram R$ 30 dos assinantes. Essa quantia, inviável para as finanças das operadoras, renderia às redes uma receita anual de R$ 3,5 bilhões, praticamente a mesma verba que elas faturam com publicidade e venda de horários a igrejas.

Quando decidiram enfrentar as operadoras, as emissoras da Simba esperavam um clamor popular favorável a elas. Seus executivos imaginavam que, assim como ocorrera na disputa entre Fox e Sky, em janeiro, os telespectadores cancelariam assinaturas e protestariam nas redes sociais. 

Em 30 de março, no mesmo dia em que ocorreu o desligamento do sinal de TV analógica na Grande São Paulo, a Simba determinou às operadoras que, sem um acordo comercial, elas não poderiam mais carregar as programações de Record, SBT e RedeTV!, que, juntas, representavam quase 20% da audiência de todos os canais no cabo e no satélite.

As três redes saíram do ar nas principais operadoras em São Paulo e no Distrito Federal, e o clamor popular que as redes esperavam não aconteceu.

Pelo contrário, elas foram as maiores prejudicadas. Suas audiências caíram até 30%. Programas da Record como o Balanço Geral/Hora da Venenosa nunca mais foram líderes no Ibope. Com exceção do SBT, até hoje elas não recuperaram a audiência que tinham em março.

Em crise, a Simba trocou seu executivo responsável pelas negociações com as operadoras. Saiu o ex-banqueiro Marco Gonçalves e entrou Ricardo Miranda, ex-presidente da Sky, nome de confiança do mercado de TV por assinatura.

Em junho, com o desligamento do sinal analógico em Goiânia, as negociações tiveram um avanço. A Simba finalmente acenou com um preço que as operadoras estavam dispostas a pagar. Assim, conseguiu manter as três redes na TV paga em Goiás mesmo sem um acordo comercial, sem um acerto de preço a ser pago pelos sinais.

As emissoras estão cobrando por seus sinais na TV assinatura amparadas na lei 11.485/11, que instituiu cotas de programas nacionais nos canais pagos. A lei prevê que os sinais digitais das redes abertas não são obrigatórios e gratuitos nas operadoras.

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