O presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Vinicius Carvalho, disse, nesta quarta-feira (6), que a operação de compra da GVT pela Telefónica, se concretizada, será analisada detalhadamente pelo órgão antitruste. “Está cedo para se fazer qualquer tipo de avaliação porque, até onde eu sei, a GVT não aceitou ainda”, disse.
Carvalho acredita que, se a operação resultar na redução ou saída da Telefónica da Telecom Italia será um passo para que a operadora espanhola atenda a decisão do Cade, proferida em dezembro do ano passado. Para ele, o fato é que a decisão terá que ser cumprida e esse negócio atual não pode estar condicionado à compra da GVT.
“Eu não posso ler esse tipo de processo assim, para a Telefónica sair da Telecom Italia o Cade tem que aprovar a compra da GVT. Isso não é uma venda casada”, afirmou Carvalho.
Ontem, a Telefónica apresentou oferta de R$ 20,1 bilhões à Vivendi pela compra total da GVT. Na proposta, caso a empresa francesa se interesse, a operadora espanhola concorda em repassar até o total de sua participação na Telecom Italia, de 8,3%.
Em dezembro de 2013, o órgão de defesa da concorrência brasileiro decidiu que a Telefónica tem que reduzir sua fatia na Telecom Italia, ou então vender a TIM Participações. Ou então, buscar um novo sócio, com 50% de participação para sua controlada Vivo. Recentemente, a tele espanhola entrou na justiça contra o Cade.
