ABTA aponta novas ameaças à TV paga, mas já visa recuperação


Com queda na base de assinantes pela primeira vez em 14 anos, operadoras e programadoras de TV por assinatura veem novas ameaças ao setor, mas já vislumbram, se não uma retomada do crescimento, pelo menos a redução da queda. Na abertura da ABTA 2016, nesta quarta, 29, o presidente da Associação Brasileira de TV por assinatura, Oscar Simões, lembrou que a queda de base no setor foi menor que o conjunto da economia, o que demonstraria a força da TV por assinatura. Segundo ele, a queda teria sido menor se muito estados não tivessem aumentado o ICMS em 50% a partir de janeiro. "Foi um duro golpe no setor", disse. Além disso, Simões disse que outras propostas ameaçam impactar os preços praticados. "São novas obrigações que se desenham, com aumento de custo e que trazem benefícios duvidosos ao assinante, provavelmente nenhum", afirmou. Durante esse trecho de seu discurso, a tela mostrava notícias sobre a Newco, empresa criada por empresas de radiodifusão para comercializar o direito de transmissão dos canais abertos com sinal digital para as operadoras, após o apagão da TV analógica. "A nossa obrigação é ampliar e não reduzir o acesso", continuou.

"É evidente que o aumento da carga tributária nos estados, o ICMS, preocupa nesse momento, por conta de termos uma economia que não cresce a uma velocidade necessária; e esse aumento pode significar uma redução da base de assinantes", disse Rezende.

No entanto, Simões apontou oportunidades de retomada de base, como a Olimpíada do Rio de Janeiro. "A TV por assinatura oferece a maior cobertura dos Jogos Olímpicos. São dezenas de canais transmitindo todas as modalidades esportivas. Atrativos como esse alavancarão ainda mais a audiência da TV por assinatura, que já bateu recorde no último ano", disse.

Simões também criticou a elevação do ICMS pelos estados, o que chamou de "iniciativa fora de hora". "Esse efeito teria sido mais relevante se 15 estados não tivessem aumentado o ICMS em plena crise econômica", disse. "São aumentos de custos que trazem benefícios duvidosos aos assinantes", disse.

Simões ressaltou ainda o papel da plataforma como fonte de informação, cultura e entretenimento a uma fatia significativa da população.

Política e regulação

Sobre o SeAC, o novo ministro da Cultura, Marcelo Calero, que também esteve presente à abertura, destacando o papel social e cultural do setor. Segundo ele, o MinC estará atento à "pluralidade de sotaques e cenários, que precisa estar refletida das telas".

O presidente da Ancine, Manoel Rangel, também apontou como vitorioso o resultado no setor na atual crise. "O importante são as conquistas dos últimos anos", disse. Para ele, cabe ao setor agora batalhar para manter os consumidores integrados aos "sistemas de serviços audiovisuais formais". Para isso, precisa levar em conta o preço final ao consumidor e disputar uma fatia maior do bolo publicitário. "O momento demanda mais eficiência do sistema", completou.

Já o presidente da Anatel, João Rezende, afirmou que o setor vai vencer os desafios. "Temos uma quantidade imensa de domicílios que desejam a TV por assinatura e ainda não tem. Por isso, é fundamental que tenhamos capacidade de superar as crises", disse.

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