ABTA ressalta audiência na TV paga em meio à crise


A 24ª feira da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA) começou nesta quarta-feira, 29, buscando mostrar otimismo. A base de assinantes que desde 2002 mantinha uma curva ascendente, registrou queda, pela primeira vez, este ano. “Ainda assim foi um recuo menor do que o sofrido pelo conjunto da economia nacional”, compara Oscar Simões, presidente da entidade, durante o painel de abertura do evento.

A retração é reflexo da crise econômica que o País enfrenta e de barreiras como a pirataria, falta de regulação para competição com OTTs, além do aumento do ICMS em 15 Estados, mais o Distrito Federal. “Um duro golpe”, reforça Simões. O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, menciona que em alguns casos, a carga tributária chega a 17%. “Resolve o caixa dos Estados no curto prazo, mas compromete a cadeia no longo prazo”, afirma.

Para colocar o potencial do setor em perspectiva, a ABTA encomendou um estudo que valoriza a presença da TV paga, principalmente nas classes B e C. Essa importância, inclusive, será debatida com mais profundidade até sexta-feira, 1º de julho, último dia da feira. Simões destaca dados como: 64% dos entrevistados consideram as atrações exibidas na TV paga possibilidades de descobrir novas opções alimentares enquanto 47% dizem adquirir conhecimento sobre hábitos mais saudáveis. “Nosso trabalho transcende a situação econômica e entra na vida das pessoas. Há uma importante intervenção social por proporcionar informações enriquecedoras a milhões”, diz. O presidente da ABTA, no entanto, salientou que esse alcance não pode ficar limitado. “O desafio é levar a TV paga para outros milhões”.

A cobertura dos Jogos Olímpicos pelos canais pagos será um atrativo para alavancar a audiência. “Mobilizará milhares de profissionais e demandou investimento em tecnologia e transmissão”, comenta. De acordo com Simões, a audiência da TV paga bateu recorde histórico neste primeiro semestre e superou a marca de dois milhões de telespectadores por minuto. “Em três anos, a audiência mais que dobrou”, diz.

Na avaliação de Manoel Rangel, presidente da Agência Nacional do Cinema (Ancine), as turbulências atuais não devem assustar e o conteúdo precisa permanecer em evolução para conquistar a nova geração de assinantes. “O engajamento é determinado pelo conteúdo e não por equipamentos ou mídia”, fala. A percepção sobre o que os assinantes querem assistir também fez aumentar o número de horas de produções nacionais exibidas pelas programadoras. Cinco anos após a implementação da Lei 12.845, que exige três horas e meia de conteúdo nacional por semana, a Ancine mostrou que a média em programações que não têm atrações infantis é de nove horas. Já as que têm programas direcionados às crianças, a média sobe para dez horas.

Marcelo Calero, que recentemente assumiu o Ministério da Cultura, afirma que será um parceiro do setor, buscando equilíbrio. “Precisamos pensar em como fomentar, sem perder de vista as necessidades do consumidor, que sustenta a cadeia produtiva”, diz.

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