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No centenário de nascimento do líder sul-africano Nelson Mandela (1918-2013), o Caminhos da Reportagem conta a história desse homem capaz de materializar mudanças tão profundas na sociedade e revela como seu legado ainda inspira as novas gerações.
Conduzido pela jornalista Luciana Barreto, âncora do telejornal Repórter Brasil, a edição do programa desta quinta (2), às 21h45, na TV Brasil, mostra como o exemplo de Mandela foi, e ainda é, fonte de esperança em todo o mundo, especialmente no Brasil, país que sofre com o racismo.
A repórter entrevista pesquisadores e artistas que destacam a contribuição do homenageado na construção de um mundo melhor. Luciana Barreto conversa sobre o assunto com os estudiosos Amauri Pereira, Carlos Alberto Pereira, Edna Roland e Wania Sant’Anna. Também abre espaço para personalidades do meio artístico como os músicos Altay Veloso, Da Ghama, Mombaça e o ator Antônio Pitanga.
Com seu discurso de combate ao ódio e à intolerância, Nelson Mandela inspirou milhões. Por sua trajetória, consagrou-se como um dos maiores líderes do século XX. O político nasceu em 1918, na Província do Cabo, na África do Sul, numa família de nobreza étnica e começou sua luta contra a opressão ao ingressar na faculdade.
Com a radicalização das políticas racistas do grupo de extrema-direita que governava o país, Mandela combateu o regime e foi preso. Por 27 anos, cumpriu sua sentença e ali se tornou um símbolo mundial da luta contra o apartheid e pela igualdade.
Ao visitar o Brasil, em 1991, ele marcou uma geração. "Quando Mandela veio ao Brasil, meu coração abre, grita, jorra de alegria e de emoção", conta entusiasmado à repórter Luciana Barreto, o ator Antônio Pitanga.
Em Campo Grande, bairro de periferia do Rio de Janeiro, o líder inaugurou o CIEP Nelson Mandela, que mantém sua história viva até hoje. Na Apoteose, um show em sua homenagem atraiu 50 mil pessoas e foi inesquecível para os artistas que pisaram aquele palco.
"Quando me deparo com Nelson Mandela ao lado, o sonho estava realizado", relata o cantor Da Ghama, na época integrante do grupo Cidade Negra. O músico Altay Veloso resume seu sentimento de admiração: "Eu sempre tive a sensação de que o Mandela jamais ia embora, morreria".
Chamado de Madiba pelos sul-africanos, nome do clã ao qual pertencia, Mandela não se dobrou aos adversários e conseguiu construir, com base na conciliação, uma saída pacífica para uma África do Sul marcada por conflitos e divisões. Sua luta transformou-o em exemplo, ícone, inspiração no Brasil e no mundo.
Reconhecido com o Prêmio Nobel da Paz em 1993, Nelson Mandela foi o primeiro presidente negro da África do Sul entre 1994 e 1999. O político envolveu-se com causas sociais, principalmente o combate ao HIV, e dedicou-se às reformas que mudaram profundamente a vida da nação e o estabelecimento da democracia no país. O líder sul-africano faleceu aos 95 anos, no dia 5 de dezembro de 2013, na capital Joanesburgo.
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