Pretinho da Serrinha e Zé Luís, do Império, são os convidados de Samba na Gamboa na TV Brasil

(Imagem/Divulgação TV Brasil)
Reduto musical no Rio de Janeiro, o Morro da Serrinha é o protagonista do Samba na Gamboa, que vai ao ar na sexta-feira, dia 21, às 21h45, na TV Brasil. O apresentador Diogo Nogueira bate um papo com os músicos Pretinho da Serrinha e Zé Luís, do Império, sobre a relevância cultural da comunidade, que abrange os bairros de Oswaldo Cruz e Madureira.  Além da conversa sobre a riqueza cultural da região da Serrinha, Zé Luís, Pretinho e Diogo cantam clássicos como “Aquarela Brasileira”, “Alguém me avisou” e “Estrela de Madureira”.

Líder da Velha Guarda do Império Serrano, Zé Luís é co-autor de sambas nacionalmente cantados, como "Todo Menino é um Rei". Já Pretinho da Serrinha é autêntica cria da comunidade de Madureira. O arranjador, cantor, compositor e instrumentista comandava a bateria do Império Serrano com apenas 10 anos de idade.

No programa, Diogo Nogueira fala com os dois sambistas sobre os bairros de Oswaldo Cruz e Madureira, considerado um celeiro de talentos musicais e um pólo de resistência de manifestações artísticas populares. A Serrinha está localizada próximo à divisa com Vaz Lobo, Zona Norte do Rio. 

A comunidade é conhecida por ser o berço das escolas de samba Prazer da Serrinha (extinta) e Império Serrano, que apesar de não ter mais sede na comunidade, mantém com ela forte ligação. A Serrinha  nasceu com a abolição da escravatura, já tendo contado com uma comunidade de sírios em seu sopé, vindos da segunda leva de imigrantes e aportando aqui nos anos 20.

Apesar de nascido em Santa Teresa e de ter passado parte da infância em Pilares, a forte identificação de Zé Luís, do Império, com a escola que carrega no nome artístico, faz dele um apaixonado pela Serrinha. Ele  é co-autor de sambas nacionalmente cantados, como "Todo Menino é um Rei", com Nelson Rufino, na voz de Roberto Ribeiro, além de "Malandros Maneiros" (também com Ribeiro), "Eu Não Fui Convidado" e "Minha Arte de Amar" (Fundo de Quintal). Ao lado do parceiro Nei Lopes, emplacou "Nosso Nome: Resistência" e "Dona Zica, Dona Neuma" cantada por Alcione.

Pretinho da Serrinha nasceu em Madureira. Foi na Serrinha que ele começou a trilhar sua precoce relação com o samba. O hoje arranjador, cantor, compositor e instrumentista comandava a bateria do Império Serrano com apenas 10 anos de idade. Aos 13 já viajava para tocar profissionalmente. Depois de integrar a banda de Seu Jorge, com quem posteriormente compôs grandes hits como “Burguesinha”, “Mina do condomínio” e “A doida”, Pretinho integrou a banda “Trio Preto +1”, partindo anos depois para a carreira solo em ascensão.

Em comum, além do profundo vínculo afetivo com a Serrinha e as adjacentes Oswaldo Cruz e Madureira, Pretinho da Serrinha e Zé Luís do Império representam duas gerações de um amor às raízes mais autênticas do samba.

No Samba na Gamboa, os dois falam sobre a importância do Jongo, ritmo de cunho religioso considerado ancestral do samba, revelando como a Serrinha é dos poucos lugares onde a tradição se mantém, sendo renovada através de um trabalho reconhecido como patrimônio imaterial. 

No bate-papo com Diogo Nogueira, Pretinho da Serrinha e Zé Luís também falam de sua verve de cronista, que os faz compor músicas que primam pela observação do cotidiano e festejam outros grandes nomes do samba cujas histórias de vida estão conectadas à comunidade de Madureira como Dona Ivone Lara e Arlindo Cruz.

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