TV Brasil destaca polêmica das fake news no Mídia em Foco desta segunda

Imagem/Divulgação TV Brasil
O uso político das fake news é tema da edição do programa Mídia em Foco que a TV Brasil reapresenta nesta segunda (22), às 22h45, às vésperas do segundo turno das eleições. O especial sobre a análise da disseminação de notícias falsas foi ao ar pela emissora pública, originalmente, no dia 2 de abril.
 
A atração jornalística enfatiza que a proliferação de notícias falsas existe desde a antiguidade, mas cresce após a surgimento da imprensa e amplia seu alcance com o advento da internet e a popularização das mídias sociais, aplicativos e plataformas de troca de mensagens como o WhatsApp.
 
Para debater a polêmica, o programa da TV Brasil apresentado pela jornalista Paula Abritta recebe a diretora da Agência Lupa, Cristina Tardáguila; o jornalista e cientista político Leonardo Sakamoto; e o professor de Políticas Públicas da USP, Pablo Ortellado.
 
Indústria de notícias falsas amplia poder de influência com a web
 
Compartilhar informações enganosas sob o disfarce de algo verdadeiro. O termo fake news, notícia falsa em inglês, se popularizou em 2016 a partir da disputa presidencial norte-americana entre Donald Trump e Hillary Clinton.
 
O advento da internet ampliou o alcance das fake news: primeiro através de blogs e sites; depois por meio das mídias sociais, aplicativos e plataformas de troca de mensagens. Essa indústria nunca foi tão lucrativa e seu poder de influenciar a política é cada vez maior.
 
Segundo a jornalista Cristina Tardáguila, o impacto de uma notícia falsa é amplo. "Ele pode variar desde uma simples risada, você recebe e ri porque é algo tão absurdo, até uma morte, como a da Fabiane de Jesus no Guarujá", comenta ao recordar o linchamento de uma mulher confundida com uma suposta criminosa na periferia do Guarujá, no litoral de São Paulo, em maio de 2014.
 
Durante o programa da TV Brasil, Cristina dá algumas dicas simples para identificar as 'fake news' e evitar disseminá-las ainda mais. A jornalista é diretora da Agência Lupa, a primeira especializada em checagem de fatos no país. A empresa verifica de forma sistemática e contínua, o grau de veracidade das informações que circulam no país.
 
Técnicas de desinformação transformam cenários
 
A onda de fake news que tem se alastrado pelas redes sociais no país, com uma intensidade cada vez maior, já mostra suas consequências na vida social e política. Para Pablo Ortellado, professor de Políticas Públicas da Universidade de São Paulo (USP), é preciso empreender um debate público para conscientizar e alertar a sociedade a respeito desse problema. 
 
De acordo com o jornalista e cientista político Leonardo Sakamoto, a lógica em escala das mentiras propagadas ajuda a conferir credibilidade às informações falsas. "Há gradações, e quanto mais gradações houver, mais competente é a fake news pra tentar subverter e entrar na população", afirma.
 
Pablo Ortellado alerta para o risco de notícias enganosas se multiplicarem rapidamente. "A gente tem um conjunto de técnicas de desinformação que são utilizadas para fazer manchetes fortes, que fazem com que uma determinada notícia viralize", explica.
 
Para além dos sites "maliciosos" que promovem desinformação com propósito político, Ortellado chama atenção para a raiz do problema: a polarização da sociedade, que acaba por estimular a produção desses conteúdos falsos.
 
"Se a gente não entende que o problema está em nós, na sociedade, que está muito apaixonada e perdendo o juízo, está aceitando informação de baixa qualidade porque é útil para o combate político. Se a gente não refletir sobre isso e não desarmar esse sentimento, a gente não vai resolver esse problema", avalia o professor.
 
Programa resgata origem das fake news na história
 
O Mídia em Foco mostra que a expressão fake news já aparece em jornais desde 1890 de acordo com o dicionário Merriam-Webster. Mas, para além desse registro, as notícias falsas existem e são propagadas no mundo muito antes disso.
 
Na antiguidade, o imperador romano Júlio César espalhava notícias falsas demonizando povos estrangeiros. No século VI, o historiador Procópio escreveu informações inverídicas difamando o imperador bizantino Justiniano.
 
Já em 1522, o poeta italiano Pietro Aretino tentou manipular a eleição do papa escrevendo sonetos perversos sobre os candidatos.

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