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Para falar do poeta, Katy Navarro recebe o escritor e pesquisador Antonio Carlos Secchin, que hoje ocupa a cadeira 19 da Academia Brasileira de Letras. Secchin lembra de algumas curiosidades de João Cabral, com quem manteve estreito contato até sua morte, em 1999.
“João Cabral, que era o poeta da luz, me recebia em seu apartamento na praia do Flamengo sempre com as cortinas fechadas. Ele tinha uma poesia e um projeto literário absolutamente racional, cristalino, iluminado e luminoso, mas uma vida pessoal conturbada e com problemas. Ele não gostava da vista que tinha da Baia de Guanabara, e por isso mantinha as cortinas fechadas. A paisagem mais bonita para ele era o vento no canavial”, conta.
Durante o programa, Antonio Carlos Secchin fala de duas obras suas: “João Cabral: a poesia do menos”, que é fruto de seus trabalhos de metrado e doutorado; e “João Cabral: uma fala só lâmina”, coletânea de ensaios sobre o poeta pernambucano.
A escritora Inez Cabral, filha de João Cabral, também falou para o Trilha de Letras, relembrando algumas nuances da personalidade do pai. “Com ele aprendi tolerância, liberdade de expressão e de pensamento”, destaca Inez.
No quadro "Leituras", a produtora Maíra de Assis narra e comenta um trecho do livro “Morte e vida severina”, de João Cabral de Melo Neto. Já no quadro "Dando a Letra", José Waeny fala sobre a sua obra "O mistério do mar".
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