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Divulgação TV Brasil |
Pessoas que fazem das ruas seu palco e levam arte para onde o povo está. São os artistas de rua, assunto do programa jornalístico da TV Brasil Caminhos da Reportagem, exibido nesta terça-feira (11), às 22h30.
Muitos desses artistas veem as ruas como oportunidade para começar, se aperfeiçoar. Foi o caso da cantora inglesa Jesuton, que iniciou no Brasil, numa esquina em Ipanema, no Rio de Janeiro, a carreira como cantora. Ela conta que estranhou no início porque as pessoas achavam que ela era moradora de rua por estar cantando na calçada. “Eu via que ainda não era uma coisa tão normal, tão tradicional e até não tão aceito aqui no Brasil”, comenta.
Foi nas ruas também que o cantor Edson Cordeiro começou sua carreira. Para ele, não importa o local onde o artista se expressa, é artista em qualquer lugar. Mas foi na rua Barão de Itapetininga, em São Paulo, que ele descobriu que o seu canto agudo agradava as pessoas e onde, pela primeira vez, ele percebeu que poderia ser sua profissão.
A equipe do programa foi conhecer a Catavento Companhia Circense, uma escola de circo em Goiânia, onde há artistas de rua se aperfeiçoando. O coordenador da escola, Felipe Nicknig, diz que esses artistas estão ocupando as ruas não por falta de opção, mas para abordar as pessoas no contexto onde elas estão.
É o caso da uruguaia Rocío Caeiro, especialista em malabares e tecido acrobático. “Eu gosto da rua, porque você tem essa conexão com as pessoas, porque você consegue chegar em pessoas que às vezes não estão te procurando, que às vezes nem sabem que você existe”, afirma. Leonardo Antonio Serli, venezuelano e também aluno da escola, que se apresenta em semáforos com roda cyr, uma espécie de bambolê gigante, diz que nem sempre é necessário o dinheiro para agradecer: “o parabéns é a expressão de alegria e satisfação da pessoa que assistiu ou viu, é isso que o artista de rua precisa”.
Seja por dinheiro ou por experiência, por amor à arte ou mostrar seu trabalho, os artistas de rua já se expressavam desde a época da Grécia Antiga, passando pela Commedia dell'arte na Europa no fim da Idade Média e continuando até os dias de hoje. Uma arte que está mais perto das pessoas surpreende e modifica o ambiente onde está sendo feita.