Caminhos da Reportagem revela a importância de patrimônios tombados no Sul do país

Divulgação TV Brasil
O Caminhos da Reportagem desta terça (5), exibido às 21h30 na TV Brasil, visita conjuntos urbanos tombados na região Sul do país. Em cidades do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, os locais apresentam um patrimônio histórico, arquitetônico e artístico em que está conservada a diversidade cultural dos fundadores e habitantes. 

Apesar de ser a menor região em extensão territorial no Brasil, o Sul oferece um grande inventário de bens culturais a moradores e turistas. Ao todo, possui mais de 150 bens e 13 conjuntos urbanos tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O turismo cultural é visto como um ativo para o desenvolvimento das cidades históricas. Nos dizeres do historiador Márcio Rodrigues, “o patrimônio histórico chegou num tempo em que se ele não viesse, provavelmente a cidade seria demolida. E nós teríamos uma cidade completamente descaracterizada que não teria mais valor nenhum como patrimônio histórico do Brasil”.

A equipe de reportagem esteve no interior do Rio Grande do Sul, onde conheceu o conjunto histórico de Pelotas, que foi considerado, no ano passado, patrimônio cultural brasileiro pelo Iphan. A riqueza arquitetônica da cidade foi construída em função da produção do charque, carne salgada seca ao sol.

Os navios que levavam o charque para o Nordeste traziam de volta a Pelotas grandes quantidades de açúcar, que eram transformadas em doces finos pelas doceiras tradicionais. A produção do Caminhos da Reportagem foi até a charqueada São João, uma grande propriedade que chegou a ter centenas de escravos trabalhando e hoje é patrimônio histórico nacional. Lá conheceram doceiras que mantêm a tradição dos doces finos pelotenses, como a Mãe Gisa de Oxalá.

Ainda durante o programa, a equipe esteve em Porto Alegre, a capital do Estado, que tem diversos patrimônios tombados e muitas ações de preservação. Como a Casa de Cultura Mário Quintana, o antigo Hotel Majestic construído no centro da cidade, em que o escritor viveu entre 1968 e 1980. Hoje, o espaço abriga atividades de cinema, música, artes visuais, dança, teatro e literatura.

Em Santa Catarina, a produção conheceu Laguna, onde todo o centro histórico é tombado pelo Iphan desde 1985. Na cidade, a Casa de Anita é um dos espaços mais visitados. Trata-se de um pequeno museu com móveis de época e objetos que fizeram parte da história da cidade e de Anita Garibaldi, conhecida como “a heroína dos dois mundos”. Aos 18 anos, Anita conheceu o italiano Giuseppe Garibaldi, com quem se casou. Ao lado dele, integrou movimentos políticos, como a Revolução Farroupilha e o processo de unificação da Itália.

Laguna ainda apresenta a pesca artesanal com botos. Os lagunenses querem que o saber-fazer dos pescadores seja incluído no rol de patrimônio cultural imaterial brasileiro.

Já no Paraná, a equipe de reportagem esteve em Curitiba e seguiu viagem de trem, em uma ferrovia que corta a serra do mar, até o município de Morretes. Em Antonina, no litoral paranaense, o Armazém Macedo está sendo reconstruído desde o ano passado e a previsão é que seja entregue à população em 2020. As ruínas do Armazém são símbolo da cidade e memória do antigo porto, além de testemunho da dinâmica local até meados do século XX.

Em Lapa, o centro histórico com 235 imóveis foi tombado pelo Iphan em 1998. A cidade de 48 mil habitantes preservou os seus casarões, aterrou a fiação elétrica e manteve a pintura em dia. Patrimônio preservado.

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